Jornalistas de rádio e TV reivindicam reajuste salarial de 13%

Em assembleia realizada nesta segunda-feira (26/12), na sede do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sindjorce), os profissionais empregados em emissoras de rádio e televisão no Estado aprovaram proposta da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da Campanha Salarial 2012 dos jornalistas de mídia eletrônica, com data base em janeiro de 2012.

A minuta aprovada pela categoria estabelece um reajuste de 13% sobre o salário atual, que é de R$ 1.641,05. Com isso, o piso salarial da categoria passaria a ser de R$ 1.854,39. Fica também fixado na proposta o valor mínimo para reportagem especial, de R$ 1.058,23, por minuto para o autor de texto, e de R$ 572,54, por minuto aproveitado, no caso de repórter cinematográfico.

Outro destaque da CCT é que a cláusula que inibe o acúmulo de funções, ou seja,impede as empresas de impor aos seus empregados atividades que extrapolem a função descrita em seus registros profissionais ou em contrato de trabalho. O Sindjorce renova também a demanda do vale-refeição, que volta para a mesa de negociação como uma necessidade do trabalhador.

A presidente em exercício do Sindjorce, Samira de Castro, explica que é fundamental o apoio dos jornalistas cearenses na mobilização em torno da campanha salarial. "No ano passado, o sucesso da campanha salarial foi obtido com grande participação da categoria, que levou faixas de protesto ao bloco de pré-Carnaval Matou a Pau…ta!. Em 2012, precisamos avançar em direitos, especialmente em um ano em que o Brasil discute estratégias para a universalização do trabalho decente", completa.

Unificação das campanhas salariais

Como a Campanha Salarial de Impresso ainda não foi concluída, em virtude do travamento da negociação pelos patrões, que negaram todas as reivindicações da categoria, a tendência é que as negociações salariais dos dois segmentos se unifiquem, com o apoio do Sindicato dos Gráficos do Ceará, categoria com data-base em 1º de janeiro de 2012.

“A estratégia dos jornais de matar os jornalistas no cansaço não funcionou. Agora, com a unificação das três campanhas salarias (jornalistas de impresso, mídia eletrônica e gráficos), a tendência é que a pressão dos trabalhadores por aumento salarial cresça, levando o patronato a agir com bom senso na mesa de negociação, o que não ocorreu até o momento”, afirma Samira de Castro.

Fonte: Sindjorce