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Damasco enterra vitimas de duplo atentado

No dia amanheceu cinza sobre Damasco, como os sentimentos e o ânimo de seus habitantes que despedem neste sábado (24) das vítimas do duplo atentado terrorista da sexta-feira (23) que provocou 44 mortos e 166 feridos, além de consideráveis danos materiais.

A praça da milenar Mesquita Omeya se superlotou do povo congregado nesta histórica zona do Velho Damasco, para acompanhar aos familiares em um funeral que virou manifestação de reafirmação popular de apoio à unidade nacional e de respaldo ao presidente Bashar al-Assad.

Com bandeiras sírias, muitas com a foto do mandatário no centro, a multidão corava diversas consignas de condenação à violência terrorista e de determinação de esmagar a conspiração. Mais pessoas somavam-se à concentração enquanto esperavam a chegada dos caixões.

As lágrimas não só apareciam nos olhos e as bochechas de mulheres de várias idades ali reunidas, senão também em homens magoados pelos criminosos atos, que segundo o governo, têm as impressões de mercenários da Al-Qaeda, sem precedente nos anais desta milenar cidade.

Em atentados às claras minuciosamente planificados, coordenados e executados por experientes em terrorismo, dois suicidas detonaram carros bomba, o primeiro contra uma dependência regional da segurança estatal e depois de um minuto, o segundo explodiu contra a Direção Geral de Inteligência, não distante da primeira.

O ministro al-Sayyed afirmou que “ou estamos determinados a fechar filas ante a conspiração que agride nossa segurança, a pátria e nossos valores “.

Entre outros oradores, estiveram os patriarcas das igrejas cristãs, do Islã, arabistas e outras relevantes figuras da sociedade síria.

Ante a calunia que propagam canais televisivos de que os atentados foram cometidos pelo próprio governo para justificar sua contra-ofensiva contra as bandas armadas terroristas, o líder islâmico Mohammad Said Ramadan al-Bouti se perguntou como pode o Exército bombardear oleodutos, matar a seu próprio pessoal e com isso se matar a ele mesmo.

Al-Bouti expressou que os observadores árabes, aos que a Síria abriu as portas estão sendo testemunhas destes atos de terror, não cubram a verdade com o velo da injúria.

Enquanto isso, nas redondezas da mesquita o povo concentrado fazia coro: “Deus, Damasco e o Grande Presidente “,“Deus, Damasco e o Grande Presidente “.

Fonte: Prensa Latina