Confrontos no Egito têm 10 mortos e 500 feridos
Dez pessoas morreram, quase 500 ficaram feridas e mais de uma centena foram detidas em três dias de confrontos entre manifestantes civis, polícia e militares no centro do Cairo, a capital egípcia. O clima de violência instalou-se na cidade. Manifestantes se opõem à liderança militar, no poder desde a saída do presidente Hosni Mubarak.
Publicado 18/12/2011 16:23
Os confrontos têm ocorrido perto da Praça Tahrir, centro do movimento popular. Fontes informaram que foram detidas 181 pessoas em flagrante, pegas com coquetéis molotov, atacando as forças policiais e militares e assaltando edifícios governamentais.
A agência de notícias estatal egípcia Mena informou que 164 pessoas foram acusadas e levadas a um tribunal por participação em ataques contra membros das Forças Armadas e da polícia e por resistência às autoridades. Manifestantes civis e forças policiais trocam acusações de instigar a violência, a brutalidade e o vandalismo.
Esses são os confrontos mais graves registrados desde os poucos dias antes de 28 de novembro, data em que começaram as primeiras eleições legislativas no país desde a queda de Mubarak, quando houve 42 mortos, a maioria no Cairo.
O primeiro-ministro, Kamal al-Ganzuri, disse que está em curso uma "contrarrevolução", que não é feita pelos “jovens da revolução”, e assegurou que "nem o Exército nem a polícia abriram fogo" contra os manifestantes.
Os ativistas reclamam o fim do poder militar, enquanto prossegue a segunda fase das eleições legislativas. A primeira fase, realizada em um terço do país, deu 65% dos votos aos partidos islâmicos, dos quais 36% para a Irmandade Muçulmana e 24% para os fundamentalistas salafitas.
Com Agência Brasil