Primeiro-ministro renuncia no Peru; novo gabinete se instala hoje
O presidente do Peru, Ollanta Humala, instalará na noite deste domingo (11) um novo gabinete ministerial, depois de aceitar a renúncia do primeiro-ministro, Salomon Lerner, e nomear para como seu substituto o titular do Interior, Oscar Valdés.
Publicado 11/12/2011 06:04
O próprio Valdés anunciou na noite de sábado a formação da nova equipe governamental, depois de uma longa reunião na qual analisou com o chefe de Estado a recomposição do governo.
Valdés negou a existência de uma crise política pela renúncia de Lerner, que, de acordo com as normas constitucionais, determinou a demissão de todo o gabinete.
Não há nenhuma crise, afirmou ex-tenente coronel do Exército e empresário que esteve as cargo do estado de emergência decretado pelo governo no domingo passado em quatro províncias da região andina do norte do país, Cajamarca, diante de uma greve contra um projeto mineiro aurífero.
O ministro assinalou que a gestão governamental mantém continuidade e prossegue o “mapa do caminho”, um programa da última fase da campanha eleitoral do hoje presidente Ollanta Humala, roteiro que deu o toque final no plano d etransformações do bloco Ganha Peru.
Sobre as mudanças no governo, adiantou que foram confirmados nos cargos os ministros da Economia, Miguel Castilla, e Inclusão Social, Carolina Trivelli.
Fontes próximas ao Executivo adiantaram que serão substituídos a maioria dos ministros, incluindo os titulares do Ambiente, Ricardo Giesecke, e Energia e Minas, Carlos Herrera, que tiveram contradições no conflito de Cajamarca, motivado por temores de que o projeto de mineração aurífera prejudique a ecología.
A renúncia coletiva foi precipitada pela demissão irrevogável de Lerner, em uma carta na qual resume o trabalho cumprido pelo governo desde sua instalação, em julho passado.
Destaca que "nossa linha foi o diálogo e a busca dee consenso, evitando a confrontação confrontação entre peruanos e que reafirma nossa vida e vocação democrática" e assinala que se demite porque se abre uma nova etapa de governo que requer ajustes na condução governamental.
Lerner se caracterizou pelo diálogo e como negociador dos conflitos sociais e políticos e no domingo passado não conseguiu chegar a um acordo com os dirigentes do protesto de Cajamarca.
Naquele mesmo dia o presidente Humala decretou o estado de emergência em quatro províncias, sob a condução de Valdés como ministro do Interior, e dias depois seis dirigentes da greve de Cajamarca foram detidos por várias horas.
Prensa Latina