João Dias, que caluniou o PCdoB, é preso por invadir sede do GDF
O policial militar João Dias, que caluniou o ex-ministro do Esporte, Orlando Silva, foi preso quarta-feira, 7, em Brasília, depois de invadir o Palácio do Buriti, onde despacha o governador Agnelo Queiroz, e agredir servidores. O governo do DF informou que Dias foi retirado do prédio pela segurança e entregue à Polícia Civil, que abriu inquérito para apurar o caso.
Publicado 08/12/2011 10:55 | Editado 04/03/2020 16:41
Dias foi utilizado pela revista Veja, pelo PSDB, DEM e a mídia conservadora para dar início ao maior ataque realizado contra o PCdoB, partido ao qual o ex-ministro pertence, desde a redemocratização do país. Quando a revista divulgou as acusações sem provas de supostas irregularidades no Ministério do Esporte, o PCdoB desmascarou o celerado e anunciou que ele era um “bandido”, como o qualificou Orlando Silva. Nada foi provado contra Orlando e o PCdoB e o facínora se envolveu mais e mais em contradições.
No episódio ocorrido no Palácio do Buriti, conforme a investigação, Dias queria encontrar o secretário de governo, Paulo Tadeu. Como Tadeu não estava no recinto, o indigitado, que é faixa preta de kung fu, agrediu verbalmente duas servidoras do gabinete e jogou dinheiro sobre a mesa delas. Dias, segundo a nota do governo, "teve de ser contido pelos seguranças, já que apresentava comportamento agressivo". A seguir, foi encaminhado à 5ª Delegacia de Polícia, onde prestou depoimento, foi indiciado por desacato e liberado no início da noite.
Fundador e dirigente de duas ONGs, Dias já foi preso por fraude, durante a operação Shaolin e foi condenado a devolver dinheiro público que não utilizou nos convênios realizados com o Ministério do Esporte. Inconformado, fez acordo financeiro com a revista Veja para realizar falsas denúncias contra o ministro Orlando e o PCdoB.
A segurança do Palácio do Buriti abriu procedimento para apurar como se deu o acesso de João Dias ao prédio. O GDF informou que vai apurar "com que objetivos escusos" o policial apareceu na tarde de quarta-feira, "de forma despropositada".
Carlos Pompe, de Brasília