Depressão e ansiedade predominam entre paulistanos
Crises de depressão e ansiedade lideram o atendimento de emergências psiquiátricas no maior pronto-socorro especializado em saúde mental da capital paulista. De acordo com levantamento da Secretaria de Estado da Saúde, do total de pacientes atendidos no local, 25% têm diagnóstico primário de depressão ou de transtorno de ansiedade.
Por Luciano Máximo, do Valor
Publicado 06/12/2011 18:48
Problemas com dependência química são responsáveis por 13% dos casos. Já os surtos psicóticos representam 12% dos atendimentos, os casos de transtornos bipolares respondem por 7% e outros transtornos ansiosos, 6%.
A gerente médica do Polo de Atenção Intensiva em Saúde Mental (PAI), Célia Gallo, credita o problema ao alto nível de estresse da vida moderna em uma grande capital como uma das causas. Mas não se trata de um fator determinante. "Está longe de ser a única causa. Uma pessoa pode ficar depressiva por conta de fatores genéticos, porque tem dificuldade de lidar com situações do dia a dia. Há também casos relacionados à ausência de suporte social e familiar", explica a médica.
Dos 20,7 mil pacientes atendidos pelo PAI em 2010, 51% estavam em idade produtiva e tinham entre 19 e 40 anos. Em relação a 2009, os atendimentos caíram 14%.
Célia Gallo explicou que, normalmente, os casos são tratados com medicamentos e encaminhamentos à psicoterapia. Segundo ela, exercícios físicos, alimentação adequada, engajamento em atividades sociais e boa convivência são fatores de prevenção à depressão.
Fonte: Valor