Ato do 39º Congresso da Ubes reúne personalidades
Três mil jovens de diversas regiões do país se reuniram em ato político, na manhã deste sábado (3), no terceiro dia do 39º Congresso da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), o Conubes, no Colégio Salesiano Santa Terezinha, Zona Norte da capital paulista. A atividade contou com a presença do presidente do PCdoB, Renato Rabelo, com o ministro da Educação (MEC), Fernando Haddad, além dos presidentes da Ubes, UNE, ANPG e Upes.
Publicado 03/12/2011 17:54
O presidente da UBES, Yann Evanovick, destacou que este é um momento importante para a Educação brasileira. Além de propor grandes alianças com professores e trabalhadores da área para buscar elevar a qualidade do ensino no país, também é preciso unir forças para pressionar pela aprovação da Lei da Meia Entrada e pelo Plano Nacional de Educação (PNE).
“Durante o congresso, estamos recrutando jovens para ocupar o Congresso Nacional já nos próximos dias para pressionar pela aprovação do PNE, com 10% dos recursos do PIB para a Educação e pela aprovação da Lei da Meia Entrada, em um ato que estamos chamando de Ocupa Brasília”, falou o presidente da Ubes, que pretende levar cerca de 300 estudantes para o acapamento na capital federal.
Yann, em seu discurso, falou também da importância de lutar por mais vagas no ensino técnico público. “A Ubes tem feito esse debate, de uma pauta que ficou esquecida durante algum tempo, mas que agora vem sendo retomada pelo Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego). Queremos que chegue a 3 milhões o número de vagas públicas”, enfatizou o presidente da Ubes, que encerra sua gestão amanhã (4), quando um novo nome será eleito para liderar a entidade.
O ministro da Educação lembrou que o Pronatec, programa do governo federal sancionado recentemente pela presidente Dilma Rousseff, vai oferecer 8 milhões de novas vagas no país. Esse e outros números foram mencionados em uma carta da presidente, enviada aos estudantes, lida por Haddad, onde saudou o 39º Congresso da Ubes.
“Convido a todos vocês, jovens estudantes que estão comemorando neste evento os 30 anos de reconstrução da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, a se engajar nesta luta. Garantir educação de qualidade é fundamental em nossa tarefa de construir um país com oportunidades para todas as brasileiras e brasileiros. Um Brasil justo e desenvolvido do qual todos nos orgulhamos”, escreveu Dilma, que também foi presidente da entidade.
Já Fernando Haddad enfatizou as conquistas do movimento estudantil nos últimos anos. “Seria importante que o movimento estudantil relesse as cartas enviadas no início dos dois governos Lula, contendo reivindicações dos estudantes, para ver que pelo menos 80% do que está lá nós realizamos. Vocês conquistaram muito e isso é fruto da luta estudantil”, disse o ministro para uma plateia animada, porém atenta. Ele também citou a carta dos estudantes, enviada ao governo atual, e observou que se trata de reivindicações mais ambiciosas.
Renato Rabelo encorajou os estudantes a irem para Brasília, ressaltando o papel da juventude como agente mobilizador e transformador. Instantes antes de compor a mesa, o presidente do partido falou ao Vermelho: “A UNE e a UBES têm uma característica que não é comum na América Latina, e até fora dela, que é serem entidades únicas de estudantes, sem divisões de correntes ou formação de outras entidades. E isso tem um grande impacto na mobilização, é muito importante. Outro aspecto, é que reúne essa força da juventude mais avançada e consciente do Brasil, daí a importância do papel da Ubes nas escolas, onde há milhões de estudantes. Ela (Ubes) é uma força avançada que pode influir cada vez mais no seio da juventude, numa época de nova era, de muitas transformações”.
Após o ato, os estudantes realizaram a plenária final do 39 Congresso da Ubes. Esse é o momento em que os estudantes eleitos delegados em suas escolas irão votar sobre os rumos da entidade e eleger um novo presidente para os próximos dois anos. A plenária vai até domingo (4), quando termina o congresso.
De São Paulo
Deborah Moreira