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Haroldo Lima faz balanço de sua gestão da ANP

O diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Haroldo Lima, fez um balanço de sua gestão, durante evento que o homenageou hoje (1º), no Palácio Itamaraty, no Rio de Janeiro. Haroldo Lima deixará o cargo no dia 11 de dezembro, quando termina seu segundo mandato. Segundo ele, seu substituto pode derivar de uma “solução interna”. A diretora da Agência, Magda Chambriard, é a mais cotada para assumir.

Durante a homenagem, o diretor-geral da ANP destacou a evolução da Agência, desde 2003, quando assumiu uma das diretorias, até este ano, ressaltando o fortalecimento da instituição, que ganhou novas atribuições a partir da publicação do marco regulatório para o pré-sal, a Lei do Gás e no mercado de biocombustíveis, com a introdução do biodiesel e a regulação de toda a cadeia do etanol.

"Em 2003, a ANP tinha 743 funcionários, hoje, depois de dois concursos públicos, são cerca de 1.200, sendo 542 concursados e 52% pós-graduados. A Agência expandiu sua presença no território brasileiro com escritórios regionais no Amazonas, Rio Grande do Sul e Minas Gerais”, lembrou Haroldo Lima.

Outro ponto destacado por ele foi a melhora na qualidade do combustível, a partir de uma fiscalização maior e mais eficiente. “Os índices de combustíveis com problemas de qualidade, que estavam em torno de 10% em 2003, hoje estão entre os mais baixos em nível internacional", comemorou Haroldo.

Ele ressaltou o sucesso da Agência na fiscalização da exploração e produção de petróleo e gás natural: "Estamos atentos à questão da segurança operacional das atividades marítimas desde 2001, a partir dos incidentes com as plataformas P-36 e P34. Nossas normas de segurança, publicadas em 2007, estão entre as melhores do mundo e foram citadas como exemplo de sucesso nos Estados Unidos na época do acidente no Golfo do México, no ano passado".

Ainda sobre o assunto, defendeu à retomada das rodadas de licitações para estimular a exploração em áreas fora do pré-sal e mencionou o esforço da ANP para o aumento do conhecimento sobre o potencial petrolífero do país com o Plano Anual de Estudos Geológicos e Geofísicos, que conta com investimentos de mais de R$1,8 bilhão, desde 2007 até 2014.

O secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia (MME), Marco Antônio Almeida, afirmou, durante a cerimônia, que um dos pontos altos da Agência, na gestão de Haroldo Lima, foi "a capacidade de funcionar de maneira harmoniosa em relação ao governo federal sem, no entanto, ter uma atitude de submissão".

Substituição

Para Haroldo Lima, o seu substituto pode derivar de uma "solução interna". Existem quatro diretores da ANP que podem ser escolhidos para o cargo: Florival Carvalho, Alan Kardec, Helder Queiroz e Magda Chambriard. Apontada como provável substituta, Magda evitou o assunto. "Pergunte à presidente Dilma", respondeu.

O MME diz que não existe disputa ao cargo de novo diretor-geral da ANP. "A pessoa que for indicada pelo ministério à Presidência da República vai ser submetida ao Congresso e pronto", afirmou Marco Antonio Almeida.

De Brasília
Márcia Xavier
Com informações da ANP