América Latina quer globalização com rosto humano e mais justa
O secretário geral da Associação Latino-americana de Integração (Aladi), Carlos Alvarez, destacou, nesta quarta-feira (30), em Caracas, Venezuela, como um símbolo forte a constituição da Comunidade de Estados Latino-americanos e do Caribe (Celac).
Publicado 30/11/2011 15:57
"Creio que ela vai expressar o símbolo mais potente e mais forte da vontade política de construir autonomias nacionais e regionais" destacou o máximo responsável pela Aladi.
"Não queremos ser mais quintal de ninguém. As políticas da América Latina as resolvem os latino-americanos e isso é um avanço extraordinário", enfatizou Alvarez.
O diretor expôs essas considerações na abertura nesta capital da 16ª Cúpula de Mercocidades, programada até 2 de dezembro e que incluirá seminários, oficinas e reuniões de grupos temáticos da instituição.
Alvarez qualificou a Mercocidades como um dos acertos do Mercado Comum do Sul entidade que, em sua opinião, avança na construção coletiva apesar de altos e baixos e a ofensiva sistemática contra os setores conservadores.
Ele enfatizou também o papel das cidades, que têm a função de dar legitimidade aos processos de integração, por viver os servidores públicos dessas instâncias, mais perto das bases sociais e das necessidades e demandas da população.
Um novo mundo
Álvarez refletiu sobre o momento especial e importante que vive o mundo tanto na questão econômica como política, com a queda de um mundo iniciado na década de 1970 com base na concentração da riqueza e a desigualdade.
"Esse mundo é o que hoje observamos em franca queda, explica a crise dos Estados Unidos e Europa e a ascensão e a erupção de uma nova ordem de novas regiões, países e atores no palco mundial", apontou.
"Pela primeira vez América Latina, América do Sul e o Mercosul começam a se constituir como atores, não como objetos da história, mas como sujeitos de um devir e uma intenção de construir uma globalização com rosto humano e mais justa", assinalou.
Mercocidades, fundada em 1995, é uma rede que une a municipalidades dos países participantes no bloco sub-regional com duas décadas de criado.
Atualmente conta com 230 cidades associadas de Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai, Venezuela, Chile, Bolívia e Peru, onde vivem mais de 80 milhões de pessoas.
Fonte: Prensa Latina