Síria repudia voto contrário em comissão da ONU

Em uma declaração destacada pela mídia do país, a organização não governamental considera que tal decisão "mostra como os países manipulam o sistema de direitos humanos, baseados em informações falsas e politizam o suposto trabalho objetivo nesse campo".

A entidade refere-se a uma resolução não vinculante aprovada na terça-feira que denuncia o governo sírio por supostas violações aos direitos humanos.

A Rede Síria de Direitos Humanos advertiu que a votação anti-síria padece de falta de visão clara e credibilidade, e pode conduzir a consequências desastrosas.

Essa organização disse que prepara um memorando, o qual submeterá ao Conselho de Direitos Humanos em Genebra, à Corte Internacional de Justiça e à ONU contra quem estão financiando, financiam ou estão implicados na escalada de violência na Síria.

A imprensa síria reproduziu nesta sexta-feira a análise que publicou a pesquisadora canadense Julie Levesque, do Centro de Investigação sobre Globalização no Canadá, que questiona a validade e credibilidade das informações que circulam nos meios ocidentais sobre as mortes de civis.

Levesque sustenta que os meios informam sobre uma alegada repressão mortal, mas não mencionam com exatidão e precisão as fontes de onde obtêm tais informações e só se referem ao fato de que são ativistas ou grupos humanos, sem que possa se verificar sua veracidade.

"O uso de grupos anônimos cria uma imagem parcial sobre a Síria, que se ajusta e direciona ao objetivo mais amplo de desestabilizar este país", destaca a pesquisadora canadense.

A acadêmica sublinha que os supostos fatos mencionados podem ser uma propaganda destinada a desmoralizar o atual governo em Damasco e moldar a opinião pública a favor de uma mudança de regime.

Fonte: Prensa Latina