Líbano não apoia sanções contra Síria, afirma chanceler
O ministro do Exterior do Líbano, Adnan Mansour, reiterou que seu país não aceitará nenhuma sanção que coloque a Liga Árabe contra Síria, segundo destacam nesta quinta-feira (24) jornais libaneses.
Publicado 24/11/2011 16:34
Em uma entrevista à televisão libanesa Mannar, Mansour expressou que as represálias econômicas contra seu vizinho não são do interesse de seu país, devido à natureza das relações e os acordos selados que incluem convênios de fraternidade e segurança.
O ministro reafirmou que Beirute honra esses protocolos e está comprometido com seu cumprimento.
Em declarações à mesma televisão, o ministro libanês de Economia e Comércio, Nicola Nahhas, afirmou que o Líbano nunca fechará suas fronteiras com Síria, já que existem numerosos interesses de benefício em comum.
Moscou pede diálogo
Na agência de notícias Sana, faz eco, nesta quinta-feira (24), de declarações do chanceler russo, Sergei Lavrov, que acentuou o compromisso de Moscou com os princípios básicos do direito internacional, o respeito à soberania das nações e a não interferência nos assuntos internos.
Estes preceitos — enfatizou o titular — devem prevalecer hoje na seara internacional e em particular para a Síria.
Lavrov prestou essas declarações depois da reunião com o vice-chanceler Michel Bogdanov e o assessor anexo da Chancelaria turca, Hailt Cevit, que discutiram a situação na Síria, Líbia e Egito e outros temas do Oriente Médio.
O ministro russo fez questão de reafirmar a necessidade de uma solução das crises por meio de soluções políticas pacíficas, baseadas no diálogo.
Em Damasco, o embaixador chinês, Zhang Xun, sublinhou que o diálogo nacional é a única solução para pôr fim à crise na Síria e reiterou a postura de Pequim de seguir apoiando ao povo sírio nos fóruns internacionais.
Disse, ademais, que o governo sírio tem todo o direito de garantir a segurança da população contra os atos de violência terrorista.
Xun fez tais comentários ao ser recebido pelo Ministro de Economia e Comércio Mohamad Nidal Shaa'r, com quem tratou assuntos de interesse bilateral nos campos econômicos e mercantis, a promoção dos investimentos e a cooperação industrial.
Emergentes podem reverter danos
A China, assim como a Rússia e outros países dos chamados emergentes, como Índia, Brasil, África do Sul, Irã, Venezuela e México são vistos por Damasco como a alternativa para redirecionar seu comércio e vencer as sanções impostas pela Europa.
De Bagdá, no Iraque, o líder do Movimento Sadr, Moqtada Sadr, condenou em duros termos a liga Árabe por suas ações contra Síria, e chamou-a o "padrão da injustiça", em particular por sua solapado respaldo aos grupos armados e à revolta violenta dentro do território sírio.
Em declarações que circulam na agência de notícias Cham Press, a o-Sadr expressou sua esperança de que a Síria vencerá a sinistra conspiração que se executa contra ela.
O governo iraquiano, recorda Cham Press, absteve-se na votação no pleno ministerial da Liga Árabe para suspender a Síria, e considerou-o, segundo manifestou seu porta-voz, Ali Dabbagh, uma ação inaceitável e de marcada dupla moral.
Fonte: Prensa Latina