Secretário-geral da Presidência quer punição severa para Chevron

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse no dia 23 que não faltará rigor na apuração das causas do vazamento de óleo em um poço do Campo de Frade, na Bacia de Campos, operado pela petroleira norte-americana Chevron, e também, na punição dos responsáveis.

"Não vamos brincar com essa questão. Está em jogo todo nosso futuro em termos do pré-sal e nosso cuidado ambiental é muito grande. Portanto, não faltará rigor”, disse ele ao deixar a cerimônia de entrega do Prêmio Gestor Eficiente da Merenda Escolar, em Brasília.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aplicou, no dia 21, multa R$ 50 milhões à Chevron. No mesmo dia, o presidente da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Haroldo Lima, declarou que a subsidiária brasileira da Chevron foi negligente e omitiu informações ao governo federal sobre o vazamento de petróleo. A ANP abriu dois processos contra a empresa para apurar as irregularidades.

O presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Curt Trennepohl, disse que ainda não é possível dimensionar com precisão os danos ao meio ambiente provocados pelo vazamento de óleo na Bacia de Campos.

O óleo começou a vazar de uma das plataformas da petroleira norte-americana Chrevron, no Campo de Frade, há duas semanas. A Agência Nacional de Petróleo (ANP) estima que o equivalente a 2,3 mil barris de petróleo tenham vazado no oceano. Cada barril tem 159 litros.