Sem categoria

China quer reforçar parceria com países sul-americanos

A China e a América do Sul podem se tornar economicamente complementares e reforçar as colaborações bilaterais para o desenvolvimento conjunto. A afirmação foi feita pelo vice-presidente do Conselho para Promoção do Comércio Internacional da China, Zhang Wei, ao ser entrevistado na última segunda-feira (21), durante a 5° Cúpula dos Empresários Chineses e Sul-Americanos, realizada em Lima, capital do Peru.

Na ocasião, Zhang apontou que, em virtude da boa complementaridade entre a China e os países sul-americanos, as relações econômico-comerciais se desenvolveram rapidamente nos últimos anos.

Leia também:
China, uma parceira estratégica que preocupa o Brasil
 

No comércio com América do Sul em 2010, o valor total de importações da China alcançou 75 bilhões de dólares e o de exportações, 78 bilhões de dólares. Os valores do comércio exterior do país asiático mantiveram um equilíbrio.

Zhang ainda ressaltou que, frente às políticas de austeridade econômica assumidas pelos países desenvolvidos, a China e os países da América do Sul devem fortalecer as colaborações, o que será favorável para manter o crescimento estável e para a recuperação da economia mundial. 

Na ocasião, o presidente de Peru, Ollanta Humala, destacou a China como o principal aliado comercial do Peru. Humala inaugurou a cúpula, com um discurso no qual disse que "é importante a médio e longo prazo ampliar a cobertura ou massificar o idioma chinês na América Latina e o castelhano na China".

Segundo o economista Juan Carlos Mathews, a importância do mercado chinês para Peru é tal que tem absorvido a queda das vendas a Estados Unidos e Europa, mercados afetados pela crise financeira internacional.

O mandatário peruano propôs igualmente a necessidade de mudar a matriz econômica produtiva da América Latina, pois "vendemos laranjas e vendem-nos marmelada de laranja e isso deve acabar".

"É importante que exploremos tudo aquilo que leve valor agregado" no comércio com a China, acrescentou, a tempo de advertir que o futuro não é só exportar minérios. "O futuro é dar um passo a mais e esse passo a mais é o processo de industrialização, e nisso contem com o Estado, com o Governo, que deve ir da mãos dadas com seus empresários", agregou.

A 5ª Cúpula Empresarial China-América Latina conta com a participação do vice-presidente do Comitê Permanente da Assembleia Popular Nacional do país asiático, Hua Jianmin, e a assistem 600 empresários latinoamericanos, bem como servidores públicos chineses.

O encontro desenvolve-se sob o lema "Crescimento Inclusivo: Nova etapa nas relações China-América Latina" e inclui um foro, uma rodada de negócios, uma feira de exibição.Também uma reunião sobre promoção de investimentos e comércio, bem como das câmeras binacionais das duas regiões.

Com agências