PM "apura" fascistas que colaram cartazes ameaçadores na USP
Após estudantes e funcionários terem denunciado a distribuição de panfletos fascistas por desconhecidos na Universidade de São Paulo durante esta semana, a Polícia Militar que ocupa o campus Butantã da USP chegou a "abordar" dois homens, identificados com grupos nazistas, que colavam cartazes com apologia ao crime em pontos de ônibus da universidade.
Publicado 19/11/2011 14:08
A PM diz ter apreendido os cartazes com dois sujeitos pertencentes a um grupo de skinheads. Eles foram abordados e tiveram os dados "registrados para apuração", segundo disse o coronel Wellington Venezian. Não se divulgou se os dois são alunos ou não da universidade
A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) afirma que "investiga o caso" e que já teria identificado os responsáveis. Segundo a delegada Margarette Barreto, o grupo foi identificado como sendo um dos "movimentos de intolerância" que atuam na cidade.
Os cartazes ameaçavam os estudantes da USP caso o convênio com a Secretaria de Segurança Pública seja encerrado e a Polícia Militar deixe de ocupar a universidade.
Um dos cartazes de ameaça usava a imagem do assassinato jornalista Wladimir Herzog, morto pela Ditadura Militar, e fazia referência ao grupo de terroristas apelidado Comando de Caça aos Comunistas (CCC), para ameaçar os estudantes.
Alunos relataram que foram ameaçados por dois skinheads anteontem, diante da Faculdade de Educação. "Vieram querendo intimidar, perguntaram se éramos contra a polícia", afirma um deles, que permaneceu na condição de anonimato.
Com agências