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Drones dos EUA matam mais de 15 talibãs no Paquistão

Cinco aviões não tripulados dos Estados Unidos dispararam quatro mísseis sobre supostos acampamentos talibãs no noroeste do Paquistão, matando entre 15 e 18 insurgentes. Trata-se do segundo ataque em dois dias feito por este tipo de avião da CIA, com base no Afeganistão. Nos últimos meses este tipo de investida tem se intensificado.

“Cinco drones americanos dispararam mísseis contra um campo talibã” paquistanês em Baber Ghar, no distrito tribal do Waziristão do Sul, declarou por telefone à AFP um alto responsável do Exército, sob anonimato.“De acordo com as primeiras informações, 15 a 18 rebeldes morreram no ataque”, acrescentou a mesma fonte.

Outros dois oficiais das forças de segurança confirmaram igualmente este bombardeio e o balanço de vítimas, especificando que as vítimas mortais são “talibãs paquistaneses” bem como alguns “talibãs estrangeiros”. Ou seja, combatentes estrangeiros da al-Qaeda, oriundos da Ásia Central.

Ainda ontem, um drone norte-americano tinha levado a cabo um ataque semelhante, na província vizinha do Waziristão do Norte, igualmente um feudo dos talibãs paquistaneses e da al-Qaeda. Os dois distritos tribais do Waziristão fazem fronteira com o Afeganistão.

Lançada em 2004, a campanha de ataques levados a cabo por drones norte-americanos em zonas tribais paquistanesas intensificou-se nos últimos três anos, com mais de 220 ataques depois de agosto de 2008, de acordo com as autoridades locais.

Islamabad estima que os drones fizeram nesse período mais de 1700 mortos, em grande maioria combatentes islâmicos. De acordo com várias fontes ocidentais, esses ataques fizeram entre 1700 e 2400 mortos desde 2004. Centenas destas vítimas eram civis.

As relações entre os EUA e o Paquistão permanecem muito tensas desde 2001, e especialmente depois de um comando norte-americano ter matado Osama bin Laden no passado dia 2 de maio no Paquistão.

Washington nega oficialmente que seus aviões não tripulados atuem no Paquistão, apesar de ser a única potência possuidora desta tecnologia e com bases na nação asiática e na vizinha, o Afeganistão.

Já Islamabad censura publicamente estas operações e de vez em quando emite enérgicas declarações a respeito, mas, na prática, lhes dá luz vez verde, apesar dos protestos da população civil, que tem sido vítima de “erros operacionais” dos drones.

Com agências