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Aldo Rebelo diz que Copa deixará legado social

O Ministro do Esporte, Aldo Rebelo, em entrevista exclusiva ao portal iG, fala sobre a prioridade de ampliar parcerias com instituições públicas, principalmente as de ensino,  e garante que as obras da Copa serão concluídas dentro do prazo, deixando um legado social significativo para o país, como melhoria de transporte.

Por Tales Faria e Ana Paula Leitão, iG Brasília*

Aldo diz que a pasta manterá sua autonomia, mas admite que a presidente Dilma Rousseff controla decisões. “Qualquer executivo, presidente da República, ou do Brasil, ou da França, ou de uma empresa privada, ou do jornal de uma TV, tem que centralizar certas decisões, tem que controlar”, afirmou.

Para evitar fraudes e garantir a continuidade na prestação de serviços, o novo ministro promete reduzir convênios com organizações não-governamentais em programas como o Segundo Tempo, e aumentar contratos com entes públicos.

“A concepção do Segundo Tempo não muda, o que pode e deve mudar agora é a execução, que passa a se apoiar nas entidades públicas”.

A saída, para ele, é recorrer a estruturas como prefeituras, governos de estados, universidades, unidades militares e escolas de educação física para a prestação dos serviços antes oferecidos pelas ONGs.

“Uma ONG pode existir hoje, e amanhã pode não existir mais. Uma faculdade de educação física não, ela tem sentido de continuidade, de permanência. Lá é que se encontram a teoria e a prática”.

Quando presidente da CPI que investigou a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Aldo apontou várias fraudes e disse que foi censurado. “Evidente que a CPI incomodou”, declara. Por outro lado, garante que não usou a comissão de inquérito “como instrumento de perseguição” e que não guarda ressentimentos do presidente da CBF, Ricardo Teixeira.

“A minha obrigação institucional é tratar com a CBF num ambiente de cooperação e independência”

Sobre os gastos nas obras para a Copa do Mundo de 2014 e para as Olimpíadas de 2016, o comunista promete transparência, e diz já ter conversado com ministros do Tribunal de Contas da União e com o ministro da Controladoria-Geral da União, Jorge Hage.

Rebelo se mostrou ainda otimista com o andamento das obras. “Eu tenho confiança que vamos concluir antes do prazo definitivo”, afirmou, com base no Maracanã, construído em 1949 para a Copa do Mundo de 50.

“Fizemos o Maracanã, o maior estádio do mundo, num período muito rápido. A engenharia avançou muito de lá para cá, a brasileira inclusive”, argumentou.

Apesar de ter assumido o controle do Esporte, por indicação do PCdoB onde milita há mais de 30 anos, como ele mesmo gosta de frisar, Aldo afirmou que a pasta serve ao interesse da sociedade, acima de tudo, e do Estado brasileiro.

Quanto ao desempenho do Brasil nos jogos Panamericanos de Guadalajara, no México, Rebelo diz que o país tem evoluído, mas precisa investir mais no esporte educacional para preparação de novos atletas.

E completou que tanto as Olimpíadas quanto a Copa que serão realizadas no Brasil vão deixar um legado imaterial, de conscientização sobre a importância do esporte, e também para a infraestrutura e mobilidade social do país.

“Não são apenas estádios para a Copa, são centros de convenções, como o do Corinthians e o do Palmeiras. Ou mesmo o Morumbi, se for reformado. São teatros gigantes”.

Fonte: iG