Bertotti discute gestão de parques de biotecnologia
O associativismo em biotecnologia e suas consequências para o segmento e os aglomerados em biotecnologia e sua participação no crescimento no setor. Esses são os temas que estão sendo discutidos nesta sexta-feira (04), durante o 2º Seminário Estadual da Biotecnologia e Bioindústria, do qual o secretário de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, José Bertotti, participa.
Publicado 04/11/2011 14:21 | Editado 04/03/2020 16:57
Realizado no auditório do Centro de Ciências Biológicas da UFPE, o evento marca o início das discussões sobre modelos de implantação e o futuro da gestão do Parque de Biotecnologia de Pernambuco.
Os participantes, dentre eles empresários, professores, representantes dos governos estadual e municipal, de instituições de Ciências e Tecnologia e do Sebrae, estão assistindo às palestras ministradas por representantes da BioRio (RJ), BrBiotec Brasil (RS), Associação Brasileira de Desenvolvimento da Indústria – ADBI (DF), BioMinas (MG), FIPQASE/SUPERA (SP).
“Estamos conhecendo diferentes experiências de Parques Tecnológicos no Brasil para, a partir delas, podermos, junto com empresários, estudiosos, e representantes de governo, fundamentar melhor o que vamos criar no Estado”, disse o secretário de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, José Bertotti.
Para o presidente da Biotec (PE), Emanoel Sérvio, a criação do Parque é uma prioridade. “Afinal, ele nasce a partir de iniciativas de empresários que investem em Pernambuco, o estado que mais cresce e hoje é referência econômica no Brasil. É um processo complexo, mas com certeza será realizado, afinal, o fato de envolver tudo, alimento, saúde humana e animal, faz da biotecnologia um segmento estratégico”, observou Sérvio.
Já o superintendente de Projetos Especiais de Inovação da Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia, Alexandre Stamdford da Silva, destaca a importância de um espaço como esse para o crescimento do Estado. “A ideia é montar um local fixo de desenvolvimento e inovação, onde as empresas, geralmente as de menor porte, podem se agregar e contribuir uma com as outras. De fato, na prática, existe uma distância entre a patente e o produto comercial e um Parque como esse leva o negócio para o mercado”.
Segundo dados da Fundação Biominas (2009), Pernambuco ocupa hoje a 5ª posição no País em numero de empresas de biotecnologia, sendo 15 no total. Elas são distribuídas em todas as áreas de atuação do setor, como agricultura, saúde humana e animal, meio ambiente, insumos e bioenergia.
As universidades e centros de pesquisa do estado detêm maior quantidade de pesquisadores do Nordeste, são 22% de todos os doutores da região, e 18 cursos de doutorado e mestrado em biotecnologia ou áreas afins.
Parque Tecnológico
Em seu primeiro momento, o Parque será constituído por um prédio com cinco pavimentos, cada um com aproximadamente 1.000m², onde serão instalados laboratórios multiusuários, laboratório de biossegurança e demais ambientes para atender às necessidades básicas e demandas dos empreendimentos do setor. Áreas específicas acomodarão as empresas e empreendimentos em fase de incubação. O prédio deverá ser construído dentro da filosofia da eco-sustentabilidade, sendo garantidas as exigências da legislação em biossegurança, meio ambiente, Anvisa, etc.
Fonte: Prefeitura do Recife