Deputada critica jornalismo “de intriga e futricas” de Noblat
A deputada Jô Moraes (PCdoB-MG), em discurso no plenário da Câmara, nesta terça-feira (1º), manifestou indignação contra o jornalista Ricardo Noblat, que atacou em seu blog, reproduzido em vários jornais, o presidente do PCdoB, Renato Rabelo. A parlamentar destacou que o líder não precisa de defesa, porque sua história já o defende, mas criticou Noblat “que rebaixa o jornalismo” e tenta atacar, “com intrigas e futricas, a dignidade e a honra do Presidente do partido, Renato Rabelo”.
Publicado 01/11/2011 16:42
A parlamentar manifestou surpresa com o fato do jornalista “não atacar as ideias do meu partido, mas incorpora um jornalismo da intriga, da fofoca, como se isso impactasse o PCdoB”.
Ela lembrou que “é dentro da luta de um desenvolvimento nacional, com distribuição de renda, que o PCdoB se apresenta e cresce, construindo um partido moderno, democrático, onde todas as instâncias são debatidas e participam do processo”.
“O Sr. Noblat podia atacar as posições do PCdoB. O Sr. Noblat podia dizer que é contra o desenvolvimento do País, tão caro ao nosso partido. O Sr. Noblat poderia dizer que a posição do PCdoB, quando defende a distribuição de renda e a incorporação dos trabalhadores em nosso desenvolvimento, está errada”, provocou a parlamentar.
E insistiu na manifestação contrária à abordagem que o jornalista usou em seu blog. “Noblat tem o direito de ser contra a ideia do PCdoB de que um projeto de desenvolvimento precisa de uma aliança ampla que incorpore o conjunto das forças desenvolvimentistas deste País. O Sr. Noblat poderia atacar esse desejo do PCdoB de organizar o povo, dar-lhe consciência e liberdade”, alfinetou Jô.
Sem necessidade de defesa
Para a parlamentar, “o Presidente Renato Rabelo não precisa de defensores porque, na sua história, há a capacidade de construir um projeto de país, mas a minha militância, a minha necessidade da verdade não me permitem escutar calada tamanha ignomínia contra aquele que é o defensor do meu partido e que conduz a democracia nele para a construção de um novo projeto”.
E mais uma vez a parlamentar criticou o jornalista, afirmando que enquanto “Renato Rabelo viveu no exílio, perseguido que foi pela ditadura militar, teve a coragem de retornar ao Brasil e de se colocar à frente da construção de um partido, Noblat não faz jus a um passado de jornalistas que deram o melhor das suas vidas na resistência da ditadura militar e que se colocaram em defesa da democracia e da verdade”.
Para Jô Moraes, “o PCdoB enfrentou o desafio de defender a bandeira do socialismo, mas de forma diferente, aprendendo com os erros, adaptando um projeto de defesa do socialismo ao nosso País, ao nosso Brasil, a nossa gente, que tem uma forma própria de lutar”.
E, segundo ela ainda, “o nosso Presidente Renato Rabelo, junto com João Amazonas, esteve à frente desse desafio e conduziu um debate democrático no nosso partido, que apresentou à sociedade, no seu 10º Congresso, um programa socialista que incorporava a compreensão de que é preciso aprofundar as reformas estruturantes, é preciso aperfeiçoar o processo democrático, é preciso qualificar o desenvolvimento do nosso País”, explicou.
De Brasília
Márcia Xavier