PF vai apurar suposto vazamento de prova do Enem

O vazamento veio à tona após um aluno do Colégio Christus publicar em uma rede social cópias de fotos de apostilas com questões semelhantes às do exame, aplicado no último final de semana. Embora o material não possua qualquer identificação do estabelecimento de ensino, o próprio ministério, por meio de sua assessoria, afirma que os estudantes do colégio tiveram acesso ao conteúdo há algumas semanas. A PF vai investigar como isso ocorreu.

No Ceárá, o procurador da República, Oscar Costa Filho, disse que vai recomendar que o MEC anule o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2011. Segundo ele, treze questões do exame, aplicado no sábado (22) e domingo (23), eram cópias idênticas de perguntas que caíram em simulado de um colégio de Fortaleza. "Quando digo idêntica não é equivalência de conteúdo, é uma cópia, uma fotografia mesmo", afirmou.

Segundo Costa Filho, ele foi procurado por estudantes que souberam do caso em uma publicação na rede social Facebook. O diretor do colégio Christus informou que até o final da tarde desta quarta-feira (26) a instituição publicará nota oficial sobre o caso.

Se for comprovada a fraude, os estudantes do colégio podem ser desclassificados do Exame e poderão fazer novas provas no mesmo dia que o Enem será aplicado aos presos. A direção da escola pode ser responsabilizada pelo vazamento.

No domingo, o jornal O Globo, em seu site, divulgou o tema da redação do Enem 2011 ("Viver em rede no século 21: os limites entre o público e o privado") às 13h59. Um repórter do jornal conseguiu burlar a segurança do exame e enviar o tema para a redação por meio de torpedo. Questionado, o MEC (MInistério da Educação) afirmou que o fato não configura quebra de sigilo da prova, uma vez que o tema foi divulgado depois de o início da mesma. Já o MEC afirmou que o fato não configura falha na segurança.

Houve, também, casos de alunos que foram retirados de sala por estarem tuitando: oito no sábado, três neste domingo.

com agências