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Extrativista é morto no Pará após denunciar exploração ilegal

O Ministério Público Federal (MPF) no Pará pediu à Polícia Federal que garanta proteção para testemunhas que denunciaram, na semana passada, uma rota de retirada ilegal de madeira da Reserva Extrativista Riozinho do Anfrísio e da Floresta Nacional Trairão.

Dos três denunciantes, João Chupel Primo foi assassinado no último sábado (22), em Itaituba, com um tiro na cabeça. Ele esteve, junto com outros homens, na sede do MPF em Altamira na quinta-feira passada (20) informando detalhes sobre a exploração madeireira na Resex e na Floresta Nacional Trairão. Para o MPF, o crime tem relação direta com as denúncias que fez em Altamira.

João Chupel Primo já havia registrado boletins de ocorrência na Polícia Civil de Itaituba e passado detalhes para a Polícia Federal sobre os madeireiros que agem na região e para o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsável pela administração das Unidades de Conservação que estão sendo invadidas por madeireiros.

O extrativista era uma liderança do Projeto de Assentamento Areia. De acordo com as denúncias que ele vinha fazendo, madeireiros estavam usando o assentamento como porta de entrada para as matas ainda relativamente preservadas que fazem parte do Mosaico de Conservação da Terra do Meio.

O MPF, que tem três procuradorias atuando no caso, em Altamira, Belém e Santarém, pediu que a Polícia Federal abra inquérito para investigar os crimes ambientais na região.

A Polícia Civil do Pará ainda não tem pistas concretas que possam levar à identificação dos assassinos do extrativista .

Com informações das agências