Vanessa lamenta estrago em Manaus e defende Protocolo de Kyoto

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) lamentou, em pronunciamento no Plenário, os estragos causados pela forte chuva que caiu sobre Manaus na tarde de segunda-feira (10).

Segundo ela, a parte sul da cidade está em calamidade depois que ventos de até 85 km/h atingiram casas, prédios e escolas. De acordo com Vanessa, essa velocidade é quase o dobro da média registrada na região durante chuvas. Ela comentou, ainda, que poderá ser feito um pedido de ajuda ao governo federal para reparos emergenciais.

Na opinião da senadora, o Amazonas é mais uma região do mundo que sofre com fenômenos ambientais adversos decorrentes da interferência desenfreada do homem na natureza. Ela expressou preocupação com a falta de compromisso das nações com a preservação ambiental e disse que a última reunião preparatória da Conferência das Partes em Durban (COP 17) deixou a desejar em vários aspectos.

Marcada para novembro, na África do Sul, a conferência será uma oportunidade para a renovação do Protocolo de Kyoto, que estabelece metas para que os países desenvolvidos controlem suas emissões de gases tóxicos.

De acordo com a senadora, nações desenvolvidas e em desenvolvimento precisam firmar sua responsabilidade no controle das emissões de gases tóxicos. Ela lembrou que o debate travado no Congresso em torno do Código Florestal, por exemplo, não é exclusividade do Brasil, uma vez que muitas nações estão se debruçando sobre temas ligados à preservação do meio ambiente e à correção de desequilíbrios ambientais associados a desastres vistos nos últimos anos.

Vanessa opinou que o Brasil, por ter a maior floresta tropical do mundo, deve assumir a vanguarda do movimento que garantirá a renovação do Protocolo de Kyoto.

– O Protocolo se encerra em 2012, ano em que acontece no Brasil a Rio +20. Se o protocolo não for renovado, será muito grave. O Brasil precisa tomar a frente desses debates e não permitir a possibilidade da não-renovação do Protocolo de Kyoto.

A senadora lamentou a não adesão dos Estados Unidos ao compromisso, uma vez que são os maiores emissores de gás carbônico do mundo.

– São o país que mais polui o mundo. Colocam seu desenvolvimento à frente de qualquer responsabilidade, ainda que seja a ambiental – criticou.

A parlamentar advertiu que a crise econômica vivida nos últimos anos, principalmente pela Europa e pelos Estados Unidos, ameaça até o Fundo Verde, patrocinado pelos países ricos para diminuir a poluição provocada pelos países em desenvolvimento. Criado na última COP, no México, o fundo prevê aporte de US$ 30 bilhões até 2012 e de até US$ 100 bilhões em 2020.

Da Redação / Agência Senado