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Fotos abordam o tema "crianças e adolescentes desaparecidos"

Na semana em que se comemora o Dia das Crianças, a cidade de São Bernardo do Campo (SP) apresenta a partir desta terça (11), a 1ª Exposição Fotográfica Itinerante de Crianças e Adolescentes Desaparecidos, que terá lugar no hall do Centro de Referência da Infância e Juventude da Cidade dos Direitos da Criança e do Adolescente, onde funciona a sede da Fundação Criança, órgão municipal que é responsável pelas políticas públicas para a infância

"Essa proposta conforta mães que já não podem estar com seus filhos nessa data”, ressalta Vânia Brito Caires, coordenadora do Programa Reencontro: Serviço de Enfretamento ao Desaparecimento de Crianças e Adolescentes, realizado pela Fundação Criança. Além disso, a exposição propõe uma ação preventiva de instruções básicas para as crianças para que elas saibam como agir em determinados casos.

Vânia Caires aponta que há poucas políticas específicas voltadas para a questão do desaparecimento, em especial de crianças e adolescentes. Nesse sentido, a Exposição pretender dar visibilidade ao tema, potencializar o encontro dos desaparecidos, mobilizar os meios de comunicação e sensibilizar a sociedade. "É uma forma também de articular a rede de instituições que trabalham com a questão”, afirma a coordenadora.

As fotografias ficarão expostas na sede da Fundação até o dia 31 de outubro. Em seguida, irão percorrer órgãos públicos, faculdades, escolas e organizações que atuam na área social na região do ABC paulista, envolvendo sete municípios do estado. A mostra é formada por 25 fotos de crianças e adolescentes desaparecidos.

Números

No Brasil, o número de crianças e adolescentes desaparecidos é de 40 mil por ano, sendo registrados nove mil casos somente no estado de São Paulo. Desse total, 15% não são encontradas. Em São Bernardo, a integração entre programas sociais e os órgãos de segurança pública tem levado a um índice bem menor de insucessos. "Apenas 1% das crianças e dos adolescentes não são encontrados”, comemora Vânia.

Dentre as ocorrências atendidas pela Fundação Criança, mais de 60% são meninas. A maior parte das situações de desaparecimento está relacionada à fuga do lar e/ou violência doméstica. Nesses casos, são registradas violências físicas, sexuais, psicológica, situações de negligência, dentre outras formas.

Prevenção

A Fundação Criança enumera algumas instruções básicas que devem ser compartilhadas com crianças e adolescentes, bem como posturas que devem ser tomadas pelos pais. Dentre as medidas, estão: orientar as crianças a não aceitar presentes de desconhecidos e somente aceitar algo de um conhecido com consentimentos dos pais; identificar crianças, ter bom relacionamento com vizinhos, acompanhar as atividades sociais dos filhos, não deixar os filhos em casa sozinhos.

Em casos de desaparecimento, Vânia Caires alerta para a necessidade de registrar o boletim de ocorrência imediatamente na delegacia. Nesse instante, é importante relatar a maior quantidade de detalhes possível, como a roupa, os traços físicos, estado emocional, dentre outros que julgar relevante. Se possível, também é importante levar uma foto recente da criança ou adolescente desparecido.

Para mais informações: http://www.fundacaocrianca.org.br/

Fonte: Adital