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Evo Morales vai dialogar com manifestantes indígenas

O presidente boliviano, Evo Morales, expressou sua disposição de receber no Palácio Queimado os manifestantes indígenas que protestam contra a construção de uma estrada interestadual em terras indígenas. A mobilização segue para a capital La Paz.

Sobre essa marcha, que partiu no último dia 15 de agosto da cidade de Trindad Morales, o presidente explicou que é necessário resolver primeiro algumas questões de caráter técnico, jurídico e social.

Biodiversidade e desenvolvimento

O governo suspendeu a construção e propôs o debate nacional para decidir, em referendo, se é viável ou não a via que unirá os estados de Cochabamba (oeste) e Beni (leste).

Os manifestantes do Território Indígena e Parque Nacional Isiboro Sécure — Tipnis — dizem defender a biodiversidade desta região amazônica, enquanto o governo diz apostar em uma maior integração das estradas em áreas de desenvolvimento da região e no acesso dessa população a serviços e saúde e educação, entre outros.

Complô

O presidente Evo Morales denunciou, na última segunda (3), que há um complô por trás do problema do Tipnis para desprestigiá-lo e desprestigiar seu governo.

Em entrevista à rede ATB, o chefe de Estado ressaltou que tudo leva a pensar que “há uma conspiração para prejudicar o presidente e o governo (…) é muito estranho o que aconteceu. Sinto que há alguns policiais que não querem este governo e se aproveitam desse tipo de situação para desestabilizá-lo”, disse ao se referir à repressão policial ocorrida no domingo (25) nas proximidades de Yucumo.

Morales afirmou que ordenou uma investigação profunda dos fatos acontecidos na marcha indígena do leste para esclarecer as causas e a maneira violenta com que a polícia atuou ao transferir os manifestantes das proximidades de Yucumo até San Borja e depois a Rurrenabaque.

Com informações da Prensa Latina e da Agência Boliviana de Informação