Cuba extingue Ministério do Açúcar

Segundo relata nesta quinta (29) o jornal "Granma", o Conselho de Ministros cubano foi informado em reunião realizada no sábado passado "da decisão de acabar com o Ministério do Açúcar, que atualmente não cumpre nenhuma função estatal".

Raúl Castro explicou na reunião que a medida faz parte do plano para reorganizar o setor e "acelerar suas estruturas" para "formar um sistema empresarial capaz de gerar, com as exportações, moeda livremente conversível para financiar os próprios gastos".

De acordo o "Granma", atualmente, há em Cuba 61 centrais que poderiam operar, apesar de apenas 56 estarem ativas, das quais 46 farão a moagem da próxima safra.

Considerada em outras épocas como a máquina econômica de Cuba ("sem açúcar não há país", segundo um ditado popular), a indústria açucareira da ilha registrou em 2010 a pior safra em 105 anos, com uma produção de 1,1 milhão de toneladas.

O governo de Raúl Castro quer modernizar o setor com uma gestão mais eficiente, novas tecnologias e um possível investimento estrangeiro por meio da criação de empresas mistas.

Na reunião do Conselho de Ministros, Raúl se referiu ao processo de atualização econômica do modelo socialista e defendeu que não se incorra em erros produzidos ​​pela precipitação.

O presidente cubano insistiu que mesmo quando se queira avançar mais rapidamente, "e alguns nos criticam, o governo não irá precipitar-se apenas para cumprir um cronograma". Raúl também exigiu o cumprimento de todos os pontos do plano aprovado pelo último Congresso do Partido Comunista, realizado em abril.

Outro assunto tratado pelo governo na reunião de sábado foi o projeto da nova lei tributária de Cuba que, segundo decisão do Conselho de Ministros, será debatida na Assembleia Nacional em julho de 2012 para que comece a ser aplicada em 1º de janeiro de 2013.

Com agências