Cuba autoriza comércio de veículos
A partir de sábado (1º), os cubanos poderão comprar e vender automóveis novos e seminovos, sem nenhuma atorização prévia. Pela legislação em vigência, o comércio automobilístico sem restrição aplica-se somente aos carros fabricados até 1959 – ano da Revolução Cubana. A decisão integra o pacote de reformas econômicas, lançado no ano passado, pelo presidente de Cuba, Raúl Castro.
Publicado 29/09/2011 11:27
Um dos símbolos de Cuba são os carros que seguem o padrão norte-americano, dos anos de 1950, quando o país ainda estava sob poder do então presidente Fulgencio Batista, ligado ao governo dos Estados Unidos. Por essa razão, é possível encontrar circulando nas ruas de Havana e de todas as cidades cubanas modelos antigos de veículos.
As novas normas determinam que a venda de carros novos só será permitida com o uso de dólares ou em pesos convertíveis, os chamados Cus. Os cubanos, contudo, recebem salários em moedas locais que não podem ser convertidas. A exceção são os que trabalham para empresas estrangeiras em Cuba.
A partir de sábado, cada operação de venda será sujeita a um imposto de 4% sobre o valor declarado do carro. O comprador também deverá pagar uma taxa de 4% e fazer um juramento afirmando que o dinheiro obtido para compra o carro foi obtido por meios lícitos.
A maioria da população poderá comprar carros produzidos após 1959 de estrangeiros ou de pessoas autorizadas a importar veículos produzidos na antiga União Soviética. Artistas, atletas, funcionários do governo e algumas pessoas, consideradas casos específicos, já têm autorização para importar carros e também poderão vendê-los.
Em decorrência do embargo, imposto pelos Estados Unidos em 1962, Cuba enfrenta restrições que atingem diretamente a população. Uma das principais carências no país é por combustíveis.
O governo da ilha também anunciou que planeja legalizar a compra e venda de imóveis até o final de 2011.
Com agências