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Rússia critica ocidente por violação do bloqueio de armas à Líbia

“A coligação ocidental na Líbia não apenas interpretou a seu modo os pontos das resoluções da ONU, mas também violou diretamente o embargo ao fornecimento de armas ao país do norte da África” – declarou em entrevista ao canal de televisão “Rússia-24” Serguei Lavrov, ministro de Relações Exteriores russo.

Segundo Lavrov, Washington e a Otan, com suas ações, causaram sério dano ao prestígio do Conselho de Segurança da organização internacional. “Ninguém ainda tinha violado tão grosseira e francamente as resoluções da ONU” – salientou Lavrov.

Até mesmo a resolução 1970, aprovada por consenso e que propunha a introdução de total bloqueio militar ao comércio de armas com a Líbia foi violada, o que agora é admitido abertamente.

Armas foram fornecidas tanto de países europeus com de alguns países da região árabe. Instrutores estrangeiros trabalharam no território da Líbia. Há dados na imprensa ocidental, que ninguém ainda desmentiu, de que além de instrutores, trabalharam forças especiais, – homens que participaram de operações de combate, isto é, de fato destacamentos de combate.

"Lembramos que a Otan deveria acompanhar a observação do embargo da ONU ao fornecimento de armas à Líbia. Pois justamente a aliança, desde a primavera, dirige a operação 'Defensor unido'. Entretanto na semana passada em Bruxelas aprovaram a resolução de retirada parcial da própria proibição, introduzida anteriormente pela União Européia e introduzir na Líbia armamentos destinados à 'garantia da segurança'", afirmou Lavrov.

Pelo plano do Ocidente estas armas ajudarão a dobrar a resistência e também serão usadas pelo “pessoal da ONU e colaboradores de organizações humanitárias”. Segundo se esclareceu, não somente por eles, mas também por especialistas militares da Otan. Apesar de a Otan não admitir que, contrariando as resoluções, continua a realizar secretamente a operação terrestre.

Enquanto isto, as tropas leais à Otan tomaram sob controle a parte oriental da cidade natal de Kadafi – Sirte. Mas, sob o poder de partidários do coronel ainda permanece mais uma cidade – Beni-Walid.

Até agora não se sabe onde está o líder da Jamahiria. Entretanto no site do canal de televisão Al-Libía, surgiu na terça-feira mais uma mensagem ao povo. O líder confirmou que como antes se encontra na Líbia e está pronto para morrer como mártir.Mas antes – prometeu Kadafi – seus adversários terão um “abalo”. Os analistas lembram novamente suas previsões: não vale a pena esperar um término rápido da guerra civil na Líbia.

Com informações da Voz da Rússia