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Nicarágua denuncia na ONU políticas de agressão imperialista

A Nicarágua condenou nesta terça (27) o emprego da guerra como meio para solucionar conflitos, considerando a agressão imperialista à Líbia, e exigiu o reconhecimento do Estado de Palestina e o fim do bloqueio a Cuba.

O chanceler Samuel Santos colocou as posições de seu país nos debates do 66º período de sessões da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

A imprensa desta nação centro-americana ofereceu resumos detalhados sobre a intervenção do diplomata, que qualificou de "vergonhosa" a manipulação que as grandes potências fizeram da resolução 1973 do Conselho de Segurança de ONU a respeito do caso líbio.

"Com esse pretexto, os integrantes da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) levam a cabo uma guerra de caráter ilegal, expressão da 'necessidade patológica que têm certos Estados de quererem submeter a todo custo os povos do mundo'", asseverou.

"Os bombardeios à Líbia constituem o mais recente exemplo de como se atenta contra a soberania de um membro da Organização das Nações Unidas, violentando a Carta das Nações Unidas", sustentou o ministro.

"Não podemos permitir que este novo modelo de agressão imperialista se imponha e continuem agredindo nossos povos; com ingerência e intervenção não se resolverão as crises, só o diálogo e a negociação permitirão as soluções", sublinhou.

Santos afirmou que a "inaceitável política de 'dois pesos, duas medidas' converteu-se em uma constante daquelas potências com claros propósitos hegemônicos".

"A dupla moral é patente: seis décadas de conflito e querem negar-lhe ao povo palestino o direito a um Estado, quando, há menos de 10 dias, com inédita rapidez, esta Assembléia Geral reconheceu um conselho de transição que ainda não tem constituído governo na Líbia", contrastou o chanceler.

"A Nicarágua ratifica perante esta Assembleia Geral seu reconhecimento ao Estado Palestino, em suas fronteiras de 1967 e com Jerusalém Oriental como capital, e faz um chamado a que, aqui e agora, se proclame a Palestina como o estado membro 194 da ONU. Junto ao direito palestino, encontra-se a existência do Estado de Israel, a quem reconhecemos jurídica e politicamente; que existam ambos Estados e que seus povos possam viver em paz e trabalhando para seu próprio benefício e desenvolvimento, é o clamor universal", recordou o político.

Santos também destacou o sistemático não cumprimento das resoluções adotadas pela Assembleia Geral de ONU em relação à exigência de pôr fim ao bloqueio econômico do governo dos Estados Unidos contra Cuba.

"As sanções contra Cuba permanecem intactas e se aplicam com todo o rigor", lembrou o alto servidor público. "O criminoso bloqueio viola o Direito Internacional, é contrário aos propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas e constitui uma transgresão ao direito à paz, ao desenvolvimento e à segurança de um Estado soberano. É, em sua essência e objetivos, um ato de agressão unilateral e uma ameaça permanente contra a estabilidade de um país", declarou.

Apesar do "criminoso bloqueio", Cuba "é cada dia mais solidária, mais fraterna, e mais irmã de todos os povos do mundo; seu exército de batas brancas e de educadores é a cada dia mais numeroso e solidário", destacou.

O titular de Relações Exteriores também assegurou que a Nicarágua se une ao clamor internacional "de que cesse a injustiça cometida contra os cincos heróis cubanos, que este 12 de setembro cumpriram 13 anos de prisão injusta por alertar seu povo sobre atividades de organizações terroristas."

Com Prensa Latina