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Colômbia: Distribuição desigual de terras freia desenvolvimento

Apenas 1,15% da população de Colômbia concentra 52% das terras deste país, o que é dado como um dos grandes obstáculos ao desenvolvimento humano do país, segundo informaram nesta terça-feira fontes oficiais.

O último relatório do Programa de Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), que será entregue na quarta-feira (28) ao presidente Juan Manuel Santos, mostra que essa situação desencadeia deslocamentos forçados e favorece a aglomeração nas grandes cidades, em detrimento das condições de vida.

O documento, que realiza um balanço integral do estado atual do campo colombiano, indica que a desatualizada política agrária aplicada nesta nação por mais de 40 anos, somada à abertura econômica aos capitais privados, provocaram a concentração das terras.

O relatório aponta que, como consequência, se incrementou a distribuição desigual das riquezas neste território, onde fracassaram reiterados tentativas de reforma agrária.

O artigo ressalta o paradoxo de a Colômbia, um dos poucos países do mundo com capacidade para expandir sua fronteira agrícola, contar somente com 2,7% de terras cultiváveis enquanto utiliza 31,6% para a pecuária.

Nos últimos 13 anos, cerca de 6,5 milhões de hectares foram repassados de mãos, enquanto 3,6 milhões de pessoas se viram forçadas a se deslocar do campo, o que disparou para o alto o índice de pobreza.

O estudo de dois anos aponta a necessidade de se optar por um modelo de desenvolvimento que dê prioridade à sustentabilidade ambiental, com o uso adequado e moderado dos recursos naturais e econômicos, além de diminuir a desigualdade, entre outras recomendações. Cifras oficiais de 2010 indicam que mais de 45% da população colombiana vive em estado de pobreza, enquanto o 16,4% sofre de miséria absoluta.

Com informações da Prensa Latina