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Bicicleta gera economia de até R$ 2.700 por ano, diz estudo

Um estudo da Coppe, programa de pós-graduação em engenharia da UFRJ, revela que adotar a bicicleta como opção para ir ao trabalho pode representar uma economia de até R$ 2.700, ao ano. Segundo levantamento, a magrela consome aproximadamente R$ 0,12 por quilômetro – um sexto da despesa referente aos veículos movidos a gasolina, que chega a R$ 0,76.

O levantamento, coordenado pelo aluno de mestrado Marcelo Daniel Coelho, levou em conta o preço de uma bicicleta nova, a aquisição de acessórios, além da depreciação e manutenção do equipamento. Todo o trabalho foi realizado com base em percursos de 20 km por dia, no Rio de Janeiro e em Porto Alegre, simulando trajetos de ida e volta para o trabalho, durante o período de uma semana.

A média anual de gastos com uma bicicleta na capital fluminense é de R$ 519, levando em conta sua compra e a substituição periódica de peças, como freios, correntes e pneus. O custo da pedalada ficou abaixo do uso do carro a gasolina (R$ 3.219 por ano), da moto (R$ 2.029) e até do ônibus (R$ 1.367).

O pesquisador explica que o gasto inicial com a compra de um automóvel é alto, se comparado com a bicicleta. Seguindo sua análise comparativa, ao invés de gastar R$ 30 mil para comprar um carro, é possível pagar R$ 600 em uma bicicleta de boa qualdiade e aplicar a diferença em um fundo de investimentos, por exemplo.

Além do custo relativamente baixo, a bicicleta também supera o carro particular pois não paga impostos anuais, como o IPVA, e dispensa o consumo de combustível. Para Coelho, é preciso investir mais nos espaços para ciclistas. Com isso, evitaria o excesso de carros nas ruas. "A bicicleta não precisa ser um transporte direto para o trabalho. Ela pode servir como um meio de integração a sistemas de transporte público", diz Coelho, que defende a instalação de bicicletários em pontos de ônibus, e estações de trens e metrô.

No Rio, o município pretende expandir a estrutura de bicicletários para facilitar o acesso de ciclistas aos meios de transporte público. Mas, desde já, o prefeito Eduardo Paes permitiu que bicicletas fiquem presas a postes, desde que não obstruam o trânsito de pedestres e veículos. Foram criadas 13 zonas preferenciais para ciclistas, em que a circulação de carros fica restrita à velocidade máxima de 30 km/h. Segundo o subsecretário de Meio Ambiente do município, Altamirando Fernandes, a medida tem o objetivo de criar vias preferenciais para o uso de bicicletas, mesmo onde não há ciclofaixas.

Fonte: Agência Estado