Em Cuba, Chávez defende busca por paz e diálogo no mundo
Depois de enfrentar o quarto ciclo de quimioterapia em Cuba, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, defendeu a busca pela paz e pelo diálogo mundial. Segundo ele, há “uma loucura imperial” liderada pelo que chamou de nações soberanas. A Venezuela participa da 66ª Assembleia Geral das Nações Unidas tendo como representante o chanceler Nicolas Maduro.
Publicado 22/09/2011 12:11
“Vamos reagir com nossas vozes e canções contra a guerra, pela paz e pela vida", disse Chávez, em entrevista por telefone à agência pública da Venezuela. O presidente ainda está em Havana, em Cuba, onde se submeteu à sessão quimioterápica para a cura de um câncer.
Em entrevista ontem (21), o presidente venezuelano condenou a posição de líderes mundiais de crítica à Síria, ao Irã e à Líbia. Segundo Chávez, o mundo deve parar para refletir e pedir inspiração a Deus.
"Parece que querem nos levar ao caminho da loucura", disse o presidente. Cantarolando uma música popular na Venezuela, ele acrescentou que “não basta rezar” e que sente que “faltam muitas coisas para alcançar a paz".
Ele disse que tem acompanhado de Havana o desenvolvimento da Assembleia da ONU, cujos debates gerais foram iniciados ontem com o discurso da presidente do Brasil, Dilma Rousseff. "Eu vi os discursos de Evo (Morales, da Bolívia), de Cristina (Kirchner, da Argentina). Oremos pela paz no mundo e por nós também para seguir lutando pela paz", afirmou.
Chávez falou sobre o tratamento contra o câncer. "Com a quimioterapia de domingo, segunda, terça, quarta e quinta encerramos o quarto ciclo e com o favor de Deus isso será suficiente", declarou o mandatário.
Chávez reiterou que "espero que seja suficiente para virar essa página tão dura que eu tenho vivido, de algo inesperado e maligno mas que se converteu em algo benigno para olhar a vida com mais espiritualidade".
Chávez lembrou que nas próximas semanas acontecerá a reunião da Petrocaribe e convidou Morales a fazer parte do bloco.
Ontem, centenas se apoiadores do governante se reuniram para orar por sua saúde e por sua recuperação nas 24 capitais dos estados venezuelanos.
Depois de assistir o ato ecumênico realizado na Igreja de São Francisco, no centro de Caracas, o deputado governista Darío Vivas afirmou que "a missa é outra expressão de solidaridade do povo com o mandatário".
Também nos Estados Unidos, na Catedral de Riverside, em Nova York, entusiastas de Chávez rezaram por ele. A celebração contou com a presença de Evo Morales, do chanceler venezuelano Nicolás Maduro e do ator norte-americano Sean Penn, amigo do presidente.
"Um cumprimento às crianças, aos jovens e adultos do povo de Nova York e a todo o povo dos Estados Unidos", agradeceu o chefe de Estado, por telefone, a organizadores do ato ecumênico.
Chávez foi diagnosticado com câncer no final de junho durante uma visita oficial a Cuba, onde realizou a cirurgia para a retirada do tumor e onde passou por três das quatro sessões de quimioterapia.
Com agências