Senado chileno pressiona Executivo a ouvir estudantes
O presidente do Senado do Chile, Guido Girardi, da aliança de esquerda Concertación, anunciou que a casa legislativa não tratará dos projetos do Executivo caso não aceite as condições mínimas que os estudantes do país reivindicam para iniciar um diálogo, após cinco meses de greve.
Publicado 21/09/2011 11:05
O anúncio foi feito em conjunto com o vice-presidente da casa legislativa, Juan Pablo Letelier, do Partido Socialista do Chile, também integrante da Concertación. Segundo eles, inclusive a votação do orçamento do próximo ano está condicionada ao estabelecimento de uma mesa de diálogo.
Eles querem que o Ministério da Educação encontre uma saída para que os estudantes em greve não percam o ano letivo por causa do protesto. O número de alunos nestas condições, segundo o presidente Sebastián Piñera, seria de 70 mil. Os estudantes, porém, questionam a informação.
O presidente da Federação de Estudantes da Universidade Católica, Giorgio Jackson, ratificou hoje que as condições que os universitários pedem ao governo apontam para um "processo transparente, sem dupla agenda e que não significará ameaças de perda de benefícios para os mais vulneráveis".
Até o momento, o ministro da Educação, Felipe Bulnes, aceitou somente dois dos quatro pontos de exigência dos grevistas para o estabelecimento de uma mesa de diálogo, proposta pelo governo.
Os estudantes convocaram uma nova paralisação e marcha para esta quinta-feira para reafirmarem suas reivindicações por uma educação gratuita, de qualidade e acessível a todos. A esse novo protesto se somarão os estudantes dos colégios particulares.
Fonte: Ansa