Assembleia na ONU ocorre durante crise econômica e conflitos
A 66ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) tem início no momento em que o mundo discute os impactos da crise econômica internacional, os conflitos no Norte da África e no Oriente Médio, o agravamento da fome em vários países africanos, a pressão do imperialismo e deu alguns de seus satélites contra o reconhecimento do Estado palestino e as dificuldades para a reconstrução do Haiti.
Publicado 19/09/2011 16:53
Todos os temas fazem parte da agenda internacional da presidente Dilma Rousseff, que pela primeira vez, abrirá os trabalhos da Assembleia Geral das Nações Unidas, na manhã de quarta-feira (21). Dilma chegou no domingo (18) a Nova York. A expectativa, de acordo com diplomatas e especialistas, é que ela anuncie a posição do Brasil em relação a temas considerados sensíveis.
A presidenta deverá mencionar a posição do governo brasileiro em relação à Líbia – comandada agora pelas forças fiéis á Otan abrigadas sob o guarda-chuva do chamado Conselho Nacional de Transição (CNT). Na sexta-feira a ONU reconheceu o órgão, além de outros 60 governos, como entidade "capaz" de coordenar a transição na Líbia. Mas o Brasil ainda não se posicionou.
Em relação ao Estado da Palestina, o Brasil é favorável à autonomia da região respeitando o negociado em 1967. Em dezembro de 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou o reconhecimento e recebeu mensagens de agradecimento das autoridades palestinas. Na ONU, o presidente da ANP, Mahmud Abbas, avisou que vai pedir o reconhecimento do Estado da Palestina como independente.
O governo dos Estados Unidos e de seu satélite no Oriente Médio, Israel, é contrário à proposta. Os norte-americanos informaram que vão rejeitar o pedido de Abbas, usando como pretexto a "necessidade" de mais negociações antes do reconhecimento.
A crise econômica mundial é outro tema que será abordado pelos líderes. Dilma alertou, em várias ocasiões, sobre os impactos da crise nos países em desenvolvimento e disse que o Brasil redobrará os esforços para evitar os efeitos na região. Paralelamente, a bureguesia europeia procura escapar dos efeitos do agravamento da situação.
Outro assunto que deverá ser debatido, além das recentes revoltas na Tunísia, Egito, Baren e Iêmen é a situação no Haiti. Desde 12 de janeiro de 2010, quando houve o terremoto que devastou o país, há esforços insuficientes para a reconstrução do país.
A instabilidade política no Haiti se reflete também na ajuda humanitária e no processo de reconstrução, segundo o secretário-geral das Nações Unidas na região, Mariano Fernández. O alerta foi feito na última sexta-feira. O Brasil é um dos países que mais têm cooperado com o Haiti, de acordo com o embaixador haitiano em Brasília, Idalbert Pierre-Jean.
Dilma está em Nova York acompanhada por cinco ministros: o das Relações Exteriores, Antonio Patriota; o da Saúde, Alexandre Padilha; o do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel; o do Esporte, Orlando Silva; e a da Comunicação Social da Presidência da República, Helena Chagas.
Com agências