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Assembleia na ONU ocorre durante crise econômica e conflitos

A 66ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) tem início no momento em que o mundo discute os impactos da crise econômica internacional, os conflitos no Norte da África e no Oriente Médio, o agravamento da fome em vários países africanos, a pressão do imperialismo e deu alguns de seus satélites contra o reconhecimento do Estado palestino e as dificuldades para a reconstrução do Haiti.

Todos os temas fazem parte da agenda internacional da presidente Dilma Rousseff, que pela primeira vez, abrirá os trabalhos da Assembleia Geral das Nações Unidas, na manhã de quarta-feira (21). Dilma chegou no domingo (18) a Nova York. A expectativa, de acordo com diplomatas e especialistas, é que ela anuncie a posição do Brasil em relação a temas considerados sensíveis.

A presidenta deverá mencionar a posição do governo brasileiro em relação à Líbia – comandada agora pelas forças fiéis á Otan abrigadas sob o guarda-chuva do chamado Conselho Nacional de Transição (CNT). Na sexta-feira a ONU reconheceu o órgão, além de outros 60 governos, como entidade "capaz" de coordenar a transição na Líbia. Mas o Brasil ainda não se posicionou.

Em relação ao Estado da Palestina, o Brasil é favorável à autonomia da região respeitando o negociado em 1967. Em dezembro de 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou o reconhecimento e recebeu mensagens de agradecimento das autoridades palestinas. Na ONU, o presidente da ANP, Mahmud Abbas, avisou que vai pedir o reconhecimento do Estado da Palestina como independente.

O governo dos Estados Unidos e de seu satélite no Oriente Médio, Israel, é contrário à proposta. Os norte-americanos informaram que vão rejeitar o pedido de Abbas, usando como pretexto a "necessidade" de mais negociações antes do reconhecimento.

A crise econômica mundial é outro tema que será abordado pelos líderes. Dilma alertou, em várias ocasiões, sobre os impactos da crise nos países em desenvolvimento e disse que o Brasil redobrará os esforços para evitar os efeitos na região. Paralelamente, a bureguesia europeia procura escapar dos efeitos do agravamento da situação.

Outro assunto que deverá ser debatido, além das recentes revoltas na Tunísia, Egito, Baren e Iêmen é a situação no Haiti. Desde 12 de janeiro de 2010, quando houve o terremoto que devastou o país, há esforços insuficientes para a reconstrução do país.

A instabilidade política no Haiti se reflete também na ajuda humanitária e no processo de reconstrução, segundo o secretário-geral das Nações Unidas na região, Mariano Fernández. O alerta foi feito na última sexta-feira. O Brasil é um dos países que mais têm cooperado com o Haiti, de acordo com o embaixador haitiano em Brasília, Idalbert Pierre-Jean.

Dilma está em Nova York acompanhada por cinco ministros: o das Relações Exteriores, Antonio Patriota; o da Saúde, Alexandre Padilha; o do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel; o do Esporte, Orlando Silva; e a da Comunicação Social da Presidência da República, Helena Chagas.

Com agências