Questão palestina concentra atenção na ONU
Um dia antes de começar as reuniões anuais de alto nível nas Nações Unidas, a crise no Oriente Médio foi guindada ao primeiro plano das atenções com uma reunião do chamado Quarteto para essa região.
Publicado 18/09/2011 19:52
O encontro é impulsionado pela União Europeia (UE) e os Estados Unidos em uma nova ação contra a anunciada decisão da Autoridade Nacional Palestina (ANP) de pedir o reconhecimento de um Estado palestino pela Assembléia Geral da ONU.
Essa iniciativa enfrenta uma declarada ameaça de veto por parte dos estadunidenses no Conselho de Segurança.
A Assembléia, a instância máxima da ONU, é formada pelos 193 Estados membros da organização, enquanto o Conselho é constituído por apenas 15 países, cinco deles com categoria de permanentes e o privilégio de veto.
Estes últimos são os Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e China.
Washington e a UE integram o Quarteto para o Oriente Médio junto com a Rússia e as Nações Unidas.
Em fevereiro passado, a delegação estadunidense vetou um projeto de resolução que condenava Israel por continuar a construção de colônias de judeus nos territórios palestinos ocupados por Tel Aviv desde 1967.
Há dois dias, o presidente da ANP, Mahmud Abas, ratificou que apresentará seu pedido na Assembléia da ONU porque "somos os únicos representantes legítimos do povo palestino e tentamos continuar até que nos assegurem a total independência".
Os Estados Unidos tratam de impedir esse ato com o pretexto de que só a retomada de negociações entre Israel e os palestinos pode conduzir a uma solução do conflito, postura sustentada também pelo governo israelense.
Essas conversas foram interrompidas há um ano devido à decisão de Tel Aviv de prosseguir a construção de colônias em terras palestinas.
A pretensão estadunidense e israelense de voltar às negociações foi secundada na quinta-feira passada pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
O secretário-geral da ONU afirmou que transferirá ao Conselho de Segurança a eventual solicitação sobre o novo Estado Palestino e recordou que esse tipo de pedido tem que ser analisado por esse órgão, o qual deve apresentar uma recomendação à Assembléia.
O reconhecimento definitivo requer do voto positivo de dois terços do plenário.
Prensa Latina