Fifa: Quem forja resultados pode ser derrotado
O futebol vem sendo atingido por uma série de jogos arranjados na Grécia, Turquia, Itália, Coreia do Sul e Finlândia, assim como amistosos internacionais
Os responsáveis por determinar o resultado de jogos de futebol podem ser derrotados e a recente onda de casos é um sinal de sucesso na luta e não de fracasso, disse o chefe do setor de segurança da Fifa, Chris Eaton, nesta sexta-feira (16).
Publicado 17/09/2011 11:31
“Eu entrei para a polícia ainda bem jovem na Austrália, trabalhei em investigações internacionais contra o crime organizado, principalmente nos últimos 20 anos, e acho que isso pode ser derrotado”, disse Eaton.
“Creio que com uma boa diligência, bom regulamento e boa vigilância, vamos erradicar as oportunidades da criminalidade assumir esse esporte”, acrescentou Eaton, que trabalhou para a Interpol por mais de uma década antes de entrar para a FIFA.
"Podemos acabar com isso, essa não é uma situação impossível", disse.
O caso turco
O futebol vem sendo atingido por uma série de jogos arranjados na Grécia, Turquia, Itália, Coreia do Sul e Finlândia, assim como amistosos internacionais.
O caso turco forçou o Fenerbahce, campeão da temporada passada, a ser retirado da Liga dos Campeões, enquanto o Atalanta da Série A teve seis pontos deduzidos na Itália.
Na Coreia do Sul, o governo ameaçou fechar a liga de 16 clubes depois que 46 jogadores foram presos em julho em ligação com tentativas de arranjarem 15 jogos de junho a outubro do ano passado.
Wilson Raj Perumal, de Cingapura, foi condenado a dois anos de prisão na Finlândia enquanto nove jogadores, sete zambianos e dois georgianos– foram condenados a penas suspensas por tentarem arranjar o resultado dos jogos.
“Esse é um indicador de sucesso, não um indicador de fracasso “, disse Eaton.
“A verdade é que a polícia está investigando, e no passado não estava, talvez haja um interesse no arranjo de jogos onde não havia antes. Isso não é um tipo de epidemia, é uma epidemia de fazer a lei, e vai ajudar a acabar com o interesse criminoso no futebo”.
Interpol
No início do ano, a Fifa criou uma força-tarefa com a Interpol, prometendo doar 20 bilhões de euros (US$ 27,7 bilhões) para a causa nos próximos 10 anos.
O presidente da Uefa, Michel Platini, descreveu o arranjo de jogos como a maior ameaça ao esporte.
Eaton acrescentou que o amistoso de junho entre a Nigéria e a Argentina, que foi vencido pelos africanos por 4 a 1, ainda está sob investigação e que ele ainda queria falar com Ibrahim Chaibou do Niger.
“Nós estamos tentando envolver o árbitro, até agora sem sucesso, ele se aposenta este mês, mas vou tentar falar com ele e obter o seu lado da história, não acabou”.
Fonte Correio do Brasil com Reuteirs