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Palestinos apresentarão pedido à ONU em 23 de setembro

Representantes palestinos apresentarão ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, um pedido de entrada na ONU como membro de pleno direito no dia 23 de setembro, informou nesta quinta-feira (15) o ministro das Relações Exteriores da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Riad Al Maliki.

Al Maliki, que tinha garantido que o pedido seria feito no dia 22, afirmou nesta quinta-feira em uma entrevista à Wafa, agência da ANP, "Wafa", que o presidente Mahmoud Abbas entregará o texto a Ban Ki-moon após discurso de apresentação da iniciativa na Assembleia Geral.

Ao mesmo tempo, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou que ele próprio representará seu país na Assembleia Geral, em vez dos dois outros nomes cogitados: o presidente Shimon Peres e o titular das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, que estava quase descartado.

O pedido palestino passará por uma série de trâmites que podem durar quatro dias, como no recente caso do Sudão do Sul, e se prolongar por meses.

Caso a medida tenha de passar pelo Conselho de Segurança da organização, os palestinos já sabem que os Estados Unidos vetarão a proposta, algo que o presidente Barack Obama já confirmou na segunda-feira passada.

Com a negativa de Washington, os palestinos terão de fazer um novo pedido, como fizeram outros países, até conseguir a aprovação no Conselho de Segurança ou – o mais provável – se dirigir à Assembleia Geral um status diferente, o de Estado não-membro.

O responsável pela diplomacia da ANP destacou nesta quinta-feira que os palestinos desconhecem a posição da União Europeia (UE), mas contam com o apoio dos países árabes, a Organização de Cooperação Islâmica, o Movimento dos Países Não-Alinhados, a maioria dos estados sul-americanos e a União Africana.

Os palestinos decidiram recorrer à ONU por conta da intransigência israelense, que forçou, há um ano, a interrupção do diálogo entre as duas partes por causa da negativa israelense em prolongar a moratória proibindo a construção em colônias ilegais.

Os palestinos colocam como condição para o retorno à mesa de negociações que os israelenses parem a ampliação das colônias nos territórios ocupados em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia e também se comprometam a ter parâmetros claros de diálogo, para que não utilizem as negociações apenas como uma forma de ganhar tempo diante da comunidade internacional.

Com agências.