Golpistas anunciam em dez dias “governo de transição” na Líbia
Um novo governo de transição será formado na Líbia "dentro de uma semana ou dez dias", declarou neste domingo em Trípoli o número dois do Conselho Nacional de Transição (CNT), Mahmud Jibril, durante uma entrevista coletiva à imprensa. Mas os combates continuam. Agora, há notícias também de que os próprios "rebeldes" se enfrentam, inclusive com mortos.
Publicado 11/09/2011 21:24
Jibril é considerado o "primeiro-ministro" do CNT, representação política da rebelião armada anti-Kadafi apoiada pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
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"Este novo governo terá representantes de todas as regiões da Líbia", completou.
Jibril, porém, reconheceu que ainda há duros combates em torno da região de Bani Walid (170 quilômetros a sudeste de Trípoli) e Sirte (360 km a leste da capital), onde são registrados confrontos com as forças leais ao líder Muamar Kadafi.
De acordo com Mahmud Jibril, o governo de transição será encarregado de aplicar as decisões do Conselho Nacional de Transição (CNT) e outro governo será formado no futuro, que não precisou quando.
Otan intensifica bombardeios
A Otan intensificou nesta segunda-feita (12) bombardeios sobre Bani Walid y Sirte para tentar dobrar os seguidores de Muamar Kadafi que resistem à ofensiva dos grupos armados do CNT.
Aviões da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) intensificaram os ataques contra Bani Walid, numa atentativa para acelerar a queda desse estratégico bastião pró-Kadafi.
Líderes do Conselho Nacional de Transição (CNT), que representa a oposição armada, anunciaram que entraram em Bani Walid mas ainda não alcançaram o objetivo de dominá-la.
O ministro da Justiça do Níger, Marou Adamou, confirmou que se encontra no país Saadi Kadafi, um dos filhos do dirigente líbio cujo paradeiro era desconhecido desde 21 de agosto.
Por outro lado, se registraram tensões políticas e enfrentamentos entre grupos da oposição armada em várias regiões da Líbia, incluída a zona ocidental, onde essas fricções deixaram ao menos 12 mortos e 16 feridos, segundo informaram no domingo dois chefes militares. Os choques ocurreram na cidade oeste de Misrata.
Com agências
Atualizada às 06h42 para acréscimo de informações