Comunistas gregos: o objetivo na Líbia é controlar o petróleo
A guerra que as forças da Otan desencadearam contra a Líbia intensificou-se na últimas horas com um banho de sangue que é o resultado de massacres em massa, em particular de civis em Trípoli e em outras cidades.
Publicado 31/08/2011 09:46
A máquina de guerra da Otan, dos Estados Unidos e da União Europeia, com seus bombardeios e suas intervenções no conflito determina o curso das operações militares e tem, portanto, a responsabilidade pelos crimes bárbaros cometidos contra o povo líbio. As pseudo forças de oposição ao regime, dirigidas por antigos companheiros de Kadafi – que prosseguem e executam um projeto insensato.
Mais uma vez, podemos constatar toda a hipocrisia, cinismo e barbárie dos governos dos Estados Unidos e da União Europeia, assim como o papel das agências notícias internacionais que mantêm o silêncio, dissimulam certas coisas e participam da propaganda imperialista.
O objetivo da guerra não era Kadafi, aliado dos imperialistas, mas o controle total do petróleo e do gás natural da Líbia, o reforço da sua presença na África do Norte e no Oriente Médio em detrimento dos seus concorrentes.
A posição do governo grego – assim como a da direita (ND) que o apoia – segundo a qual seu envolvimento é limitado à proteção dos civis e à chamada ajuda humanitária é ao mesmo tempo falsa e perigosa.
O governo é cúmplice dos crimes que são cometidos na Líbia, pois apoiou e contribuiu de modo importante para o desenvolvimento da guerra tanto pela disponibilização da base militar em Suda como de forças militares. As forças oportunistas revelam-se mais uma vez quando saúdam a "vitória" das forças de oposição ao regime, ou seja, a vitória da Otan, e falam de uma "nova página que se abre na Líbia".
O povo grego deve aprender a verdade sobre os acontecimentos na Líbia e, mais geralmente, deve rejeitar a propaganda imperialista e condenar o envolvimento do país nas guerras imperialistas. Os perigos para a paz, os direitos soberanos e o risco do envolvimento do país numa guerra mais generalizada não cessam de aumentar.
As rivalidades imperialistas e as agressões na região em torno dos recursos energéticos e das vias de abastecimento não cessam de se agravar. A retirada do país das organizações imperialistas é a única resposta e uma contribuição decisiva para a luta comum dos povos da região contra a barbárie imperialista.
Fonte: Resistir.Info