Nicarágua: organizações se dispõem a acompanhar eleições
Instituições internacionales expresam seu interesse em participar como acompanhantes das próximas eleições gerais na Nicarágua. É o que a União Europeia (UE) formaliza nesta terça-feira (30), em meio a campanhas internas contrárias ao processo.
Publicado 30/08/2011 22:15

O chefe da delegação da UE para América Central e Panamá, Mendel Goldstein, anunciou que nesta terça se reuniria com as autoridades do Conselho Supremo Eleitoral (CSE) para examinar detalhes do acompanhamento.
Segundo o diplomata, os países membros da UE estimam enviar umas 100 pessoas, cuja chegada seria em dois momentos, ao final de septembre e 10 días antes das votações, marcadas para 6 de novembro.
Da sua parte, o magistrado Roberto Rivas, titular do CSE, confirmou que a Chancelaria assinará um acordo entre esse bloco regional e o Estado da Nicarágua.
"E nós vamos firmar uma carta de entendimento sobre as facilidades que vamos dar para que eles façam seu trabalho de acompanhamento eleitoral", precisou.
Rivas notificou que a Organização de Estados Americanos e o Centro Carter dos Estados Unidos devem fazer o seu registro formal junto ao Ministério das Relações Exteriores assim como as demais instituições.
Entidades nacionais também começaram a entregar suas solicitações, entre eles o Conselho Nacional de Universidades, que apresentou uma proposta "muito integral", assinalou o funcionário.
No último dia 16 de agosto o CSE publicou o Reglamento de Acompanhamento Eleitoral, o qual estabelece as normas gerais para a participação de entidades nicaraguenses e estrangeiras.
Partidos políticos, organizações não governamentais e autoridades eclesiásticas realizam desde então esforços para deslegitimar a observação eleitoral, sob o argumento de que o acompanhamento restringe o exercício democrático.
Em sua seção de Política, o jornal El Nuevo Diario publicou nesta segunda-feira (29) opiniões sobre o tema atribuídas ao bispo auxiliar de Manágua, monsenhor Silvio Báez.
Citado pela publicação, o religioso considerou que o governo ignora "nossa petição de uma observação eleitoral irrestrita, de uma observação eleitoral sem limites que garantisse a legitimidade dessas eleições".
Para o fiscal eleitoral Armando Juárez, "o acompanhamento eleitoral não é excludente como querem fazer ver alguns organismos nacionais, é bastante grande porque dá maior participação às entidades a serem credenciadas".
Ao se referir ao assunto, no último dia 19, o presidente Daniel Ortega ratificou que o país mantém as portas abertas a observadores, acompanhantes, "como lhes queiram chamar, afinal de contas o nome é secundário".
Muitos chegarão "com uma atitude respeitosa, e o sabemos; virão outros, a provocar. Mas todos, ao final das contas, têem as portas abertas do nosso país", cojncluiu o estadista.
Fonte: Prensa Latina
Tradução: Luana Bonone