Bombardeios em Trípoli continuam; rebeldes pressionam Sirte
Na manhã desta segunda-feira (29) foi possível ouvir várias explosões após os ataques aéreos da Otan em zonas onde forças leais ao coronel Muamar Kadafi mantêm confrontos com os rebeldes, empenhados agora em dominar Sirte.
Publicado 29/08/2011 10:48
Em Trípoli, testemunhas disseram ter escutado deflagrações de bombas nas primeiras horas da madrugada e o sobrevoo baixo de aviões militares da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), cujos bombardeios têm assíduos na ofensiva da oposição.
Nas últimas 48 horas, diminuíram os confrontos entre insurgentes e tropas governamentais líbias, mas prevalecem ações isoladas em diversos pontos da cidade.
Milícias continuam patrulhando e apoderando-se do complexo de Bab Aiziyah, onde residia o líder líbio, além de aumentar a caçada para encontrar o paradeiro do coronel e de seus mais próximos familiares e colaboradores.
Enquanto, a liderança do Conselho Nacional de Transição (CNT) tenta afiançar-se em Trípoli ao mesmo tempo em que faz questão de negociar com os chefes tribais de Sirte – cidade natal de Kadafi – para uma rendição pacífica e poder a tomar.
Após dominar Bin Jawad, é estrategicamente importante para o CNT chegar ao poder na terra natal de Kadafi para declarar que todo o país está sob controle. Mas, ainda que são previstos bolsões de resistência durante longo período de tempo.
O porta-voz do CNT, Mahmud Shammam, assegurou hoje que os rebeldes apoiados pela Otan estão nas vizinhanças de Sirte, a uns 30 quilômetros, e lançou um ultimato aos chefes tribais lhes advertindo que a negociação para que se submetam não será eterna.
Os rebeldes, que se aproximam à cidade pelo este e o oeste, caíram nas últimas horas em uma emboscada no sudoeste de Zuwarah, enquanto persistem ferozes combates em outras áreas do ocidente do país onde resistem partidários do líder líbio.
Por outro lado, meios jornalísticos árabes citaram o porta-voz de Kadafi, Moussa Ibrahim, que afirmou que o mandatário permanece na Líbia e estaria disposto a negociar uma transição com os rebeldes.
Fonte: Prensa Latina