Sinal verde para obra do VLP

Governador assina ordem de serviço que autoriza o início da construção do Veículo Leve sobre Pneus. O novo sistema, com previsão de entrega no início de 2013, poderá atender até 600 mil pessoas por dia.

Um projeto ambicioso, que deverá ser finalizado em 18 meses, foi autorizado pelo governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz. Trata-se do Veículo Leve sobre Pneus (VLP), projeto que prevê a construção de corredores exclusivos para ônibus em 42km de extensão no Eixo Sul de Brasília, que ligará Santa Maria, Gama, Park Way e o Entorno Sul ao Plano Piloto. A ideia é reduzir o número de pessoas que utilizam carros para ir ao trabalho, uma vez que o novo meio de transporte terá capacidade para atender 600 mil passageiros diariamente e 20 mil por hora em horários de pico. Os ônibus serão articulados ou biarticulados e só trafegarão nas vias específicas.

O novo sistema prevê ainda a criação de linhas com embarque e desembarque integradas ao Metrô, na Estação Terminal Asa Sul. "O trecho do Gama terá 8,7km de extensão, enquanto o braço de Santa Maria, 5km. Na altura do Catetinho, as duas vias se unem e seguirão até o Plano Piloto. O carro particular não poderá entrar nesse corredor e, com isso, vamos ter um transporte seguro e rápido", explicou Agnelo Queiroz, durante solenidade de assinatura da ordem de serviço para o início das obras, realizada no Balão do Periquito do Gama às 10h de ontem.

A expectativa é que o tempo das viagens — hoje, estimado em 90 minutos — seja reduzido para 40 minutos. Serão construídos terminais rodoviários no Gama e em Santa Maria, além de 15 estações do Metrô ao longo do percurso e 15 passarelas. O controle de chegada e de saída dos ônibus deverá seguir o sistema que monitora os trens do metrô. "Saberemos o exato segundo em que o carro vai parar no ponto de ônibus. Nos horários de pico, colocaremos veículos articulados para transportar até 20 mil pessoas por hora", destacou o governador. A construção do VLP tem valor estimado de R$ 530 milhões. Os recursos são do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES).