Em greve, servidores da UFBa fazem ato em defesa dos HUs
Uma maternidade em plena praça. Com muita irreverência, os servidores técnico-administrativos da Universidade Federal da Bahia (UFBa), há mais de 80 dias em greve, farão nesta sexta-feira (26), na Praça Almeida Couto, em Nazaré, às 9 horas, um ato intitulado “Maternidade na Praça”.
Publicado 25/08/2011 14:43
A atividade de greve é em defesa dos hospitais universitários, ameaçados de privatização através do PL 1749/2011, que prevê a criação de uma empresa para gerir as unidades universitárias de saúde. O PL tem votação prevista até o próximo dia 31 de agosto, no plenário da Câmara Federal.
Com o alerta estampado em camisas, carro de som, cartazes, pirulitos e faixas, os servidores vão protestar contra o PL 1749/11 que tem como proposta a implantação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH).
“A nossa luta é pela manutenção da gestão dos hospitais universitários. Essa atribuição é das universidades públicas, e deve continuar com elas porque essas unidades realizam atendimentos de alta complexidade, pesquisa de ponta, e formação de profissionais na área de saúde. Por isso, estaremos colhendo assinaturas durante o ato para um abaixo assinado contra esse projeto que “amputa” a universidade”, esclarece Cássia Virginia Maciel, coordenadora de Comunicação da AssUFBa (sindicato dos servidores técnico-administrativos da UFBa). As assinaturas colhidas em todo o país serão entregues aos parlamentares para que seja retirado do texto da pauta de votações do Congresso Nacional.
Greve
A greve nacional dos trabalhadores das universidades federais foi iniciada no dia 6 de junho, em defesa da campanha salarial 2011 com garantia de recursos para a carreira; contra o congelamento de salário por dez anos e contra a privatização do Hospital das Clinicas e Maternidade Climério de Oliveira.
“Estamos sem reajuste salarial já há um ano. Não dá mais para suportar essa situação. Temos o pior piso salarial do serviço público federal. É por este motivo que estamos lutando pelo piso de três salários e step (percentual de aumento de um nível para o outro) de 5%”, enfatiza a dirigente.
Da redação, com assessoria da AssUFBa Sindicato