Rede pública receberá 162,4 milhões de livros para 2012
O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) negociou a compra de 162,4 milhões de livros que serão distribuídos às escolas da rede pública para serem usados em 2012. O custo total da negociação foi de R$ 1,1 bilhão – maior compra de livros já feita pelo órgão, que é uma autarquia do Ministério da Educação (MEC). A entrega começará a ser feita em outubro e vai até fevereiro do ano que vem.
Publicado 22/08/2011 10:47
Para o próximo ano letivo, o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) adquiriu livros para todas as disciplinas do Ensino Médio, além de 70 milhões de exemplares de reposição para o Ensino Fundamental. Será o primeiro ano em que os alunos do Ensino Médio vão receber livros de Espanhol, Inglês, Filosofia e Sociologia. Cada obra deve ser usada durante três anos consecutivos. Ao todo, foram adquiridos 2.108 títulos diferentes.
Vinte e quatro editoras tiveram obras selecionadas. O material é apresentado a comissões de especialistas das universidades federais que selecionam as obras a partir de critérios estabelecidos pelo programa, como, por exemplo, a coerência com o currículo escolar. Em seguida, as escolas recebem um guia do livro didático com os títulos disponíveis e escolhem as obras. A partir desse levantamento é que os títulos são adquiridos.
O valor de cada exemplar adquirido para 2012 oscilou entre R$ 5,45 e R$ 28,94. O preço varia de acordo com o número de páginas da obra e a quantidade de exemplares encomendados. A Editora Ática será a maior fornecedora do PNLD 2012, com 33 mil exemplares, ao custo de R$ 194 milhões. Em seguida, aparecem as editoras Saraiva, que receberá R$ 205 milhões por 30,8 mil exemplares, e Moderna, com 30,6 mil publicações ao custo de R$ 220 milhões. As menores fornecedoras são as editoras Fapi e Aymará, com 5 mil e 1,4 mil exemplares, respectivamente.
“Mesmo no caso do livro com preço mais alto, ainda é menor do que aquele que o consumidor compra na livraria. É o ganho de escala que o FNDE tem. Além de ser uma compra direta com a logística otimizada, o livro chega à escola sem nenhum intermediário. Não há custo com vendedor ou outros custos que estão envolvidos no mercado livreiro quando a obra vai para o consumidor comum”, diz Rafael Torino, diretor de Ações Educacionais do FNDE.
Para receber as obras, é necessária a adesão das escolas ao PNLD – até 2009, a entrega dos livros era feita a todas as redes de ensino, ainda que não houvesse solicitação formal. Atualmente, todos os estados e 97% dos municípios estão inscritos no programa.
Fonte: Agência Brasil