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Hamas rompe trégua com Israel; Egito pode convocar embaixador

Após o ataque israelense à Faixa de Gaza que matou palestinos e egípcios, o braço armado do movimento islâmico Hamas anunciou, nesta sexta-feira (sábado, 20, na hora local), o fim da trégua com Israel. O cessar-fogo durou os últimos dois anos, desde os confrontos de 2009. A agressão de Tel Aviv também fez surgirem rumores de que o Egito chamaria para consultas seu embaixador no país, como forma de protesto.

O Hamas explicou que "não há mais trégua com o inimigo" enquanto continuarem os "massacres israelenses injustificados contra o povo palestino". O grupo, que controla a Faixa de Gaza, disse ter tomado a decisão após os últimos ataques. Desde quinta-feira, o Exército isralense vem executando vários bombardeiros na Faixa de Gaza, deixando vários mortos, inclusive crianças.

A televisão estatal egípcia havia anuciado que o país teria chamado para consultas, na madrugada deste sábado, seu embaixador em Israel, como forma de manifestar-se contra o assassinato de cinco policiais na fronteira com o Estado hebraico. Oficiais egípcios afirmaram, no entanto, que a convocação para consultas ainda era tema de discussão e que nenhuma decisão foi tomada até agora.

O governo egípcio cobrou que Israel divulgue um pedido de desculpas oficiais. Esta seria a segunda vez que o Egito, primeiro país árabe a ter assinado a paz com Israel em 1979, chama seu embaixador em Israel.

Em 2000, o Cairo retirou seu embaixador em Israel para protestar contra "o uso excessivo da força" por parte do Estado hebreu contra os palestinos após o início da segunda Intifada.

Centenas de pessoas se manifestaram na noite de sexta-feira em frente a embaixada de Israel no Cairo pedindo a expulsão do embaixador israelense.Em meio ao novos acontecimentos, a Liga Árabe marcou uma reunião de emergência para este domingo (21).

Com agências

Atualizada às 21h