Espanha aprova novas medidas econômicas para reduzir déficit
Espanha aprovou nesta sexta (19) um novo pacote de medidas de ajuste para potencializar a economia e cumprir seu compromisso de reduzir o déficit público para seis por cento do Produto Interno Bruto em 2011. A princípio, o presidente Rodríguez Zapatero assegura que esta reforma no imposto só afetará as grandes companhias, com faturação superior os seis milhões de euros anuais.
Publicado 19/08/2011 16:17
O Governo de José Luis Rodríguez Zapatero deu luz verde a um plano de austeridade e incentivos, similar ao adotado no ano passado para poder cumprir a meta de déficit assumida com a União Europeia (UE).
Entre as novas disposições, ratificadas na reunião semanal do Conselho de Ministros desta sexta-feira, destaca-se a antecipação da cobrança do imposto de sociedades para as grandes empresas e um novo corte da despesa farmacêutica.
Sobre essa última proposta, o ministro de Fomento e porta-voz do Palácio de La Moncloa (sede governamental), José Blanco, pediu a médicos e pacientes que utilizem mais os medicamentos genéricos.
La Moncloa calcula que com a antecipação do imposto de sociedades, o governo arrecadará cerca de 2,5 bilhões de euros adicionais, enquanto com a obrigação de distribuir o medicamento mais barato poupará outros 2,4 bilhões.
A primeira das iniciativas não supõe para as empresas uma alta de sua tributação (ao final pagarão o mesmo), mas terão que adiantar ao Estado mais dinheiro do que o fariam no momento por este encargo.
A princípio, a administração de Rodríguez Zapatero assegura que esta reforma no imposto só afetará as grandes companhias.
O Executivo ibérico resolveu, também, baixar de maneira temporária os impostos pela aquisição de moradia nova, numa tentativa de reativar o setor da construção, outrora motor do crescimento e emprego desta nação europeia.
Blanco explicou que se reduziu de oito para quatro por cento o Imposto ao Valor Agregado para compra de moradia nova até 31 de dezembro do atual ano.
Sublinho que as medidas adotadas, que devem ser convalidadas na próxima semana pelo Congresso dos Deputados (Câmara baixa), reafirmam o compromisso do governo com as reformas e a consolidação fiscal.
Não obstante, o porta-voz de La Moncloa reconheceu que relaxar a situação nos mercados financeiros não é tarefa fácil.
Fonte: Prensa Latina