Obama pede saída de Assad e anuncia novas sanções contra Síria
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu hoje (18) pela primeira vez, de forma clara e direta, a renúncia do presidente sírio, Bashar Al Assad, do poder. Antes, somente a secretária de Estado, Hillary Clinton, havia feito declarações nesse sentido.
Publicado 18/08/2011 13:27
Numa escalada perigosa que demonstra o intervencionismo estadunidense em assuntos internos de um Estado soberano, Obama anunciou ainda que o governo norte-americano defende a adoção de sanções econômicas e comerciais à Síria. A reação do presidente foi exposta em comunicado divulgado pela Casa Branca.
Obama classificou as medidas anunciadas hoje como "sanções inéditas", com a finalidade de aumentar o isolamento de Assad e diminuir seu poderio militar.
"Assinei uma ordem requisitando o congelamento imediato de todos os bens em nome do governo sírio que estão sob jurisdição norte-americana e a proibição de cidadãos dos Estados Unidos fazerem negócios com esse governo", disse Obama.
A proposta norte-americana de sanções inclui também a proibição de importação de petróleo e produtos petrolíferos sírios. Cidadãos dos Estados Unidos também ficam proibidos de investir ou trabalhar em território sírio. "Esperamos que estas sanções sejam ampliadas por outras", disse Obama.
Também a União Europeia pregou a derrubada do presidente sírio. A chefe da diplomacia do bloco, Catherine Ashton, emitiu comunicado afirmando que a UE "percebe a completa perda de legitimidade de Bashar al-Assad aos olhos da população síria e a necessidade de ele deixar o poder".
Os governos de Alemanha, Grã-Bretanha e França também pediram pela saída de Assad.
O Brasil tem tomado uma série de iniciativas diplomáticas para ajudar a solucionar a crise síria, se opõe a que as Nações Unidas aprovem sanções contra o país árabe.
Da Redação, com agências