Disparo de foguete líbio assusta a Otan
O porta-voz do Pacto Militar do Atlântico Norte (Otan) assegurou nesta terça-feira (16) que os insurgentes líbios, registraram "um avanço significativo nos últimos dias" e "condenou" o disparo de um foguete terra-terra do exército contra a localidade de Brega.
Publicado 16/08/2011 17:08
O coronel canadense Roland Lavoie disse que o projétil "não causou danos, mas (o lançamento) é irresponsável", ainda que se absteve de explicar como é possível que o exército regular do país ainda disponham desse tipo de armas.
Os responsáveis pela mídia da Otan asseguraram semanas atrás que a capacidade logística do exército libio está reduzida a uma quinta parte da original.
Os contrarrevolucionários registraram avanços significativos nos últimos dias nas cidades Brega, Misrata e outras localidades que rodeiam esta capital, o que dificulta o abastecimento das tropas, sempre segundo a versão do porta-voz.
Lavoie descreveu esses avanços como "os mais significativos dos últimos meses".
Em contrapartida, o líder líbio Muamar Kadafi assegurou segunda-feira (15) em um discurso que as formulações de seus adversários são parte de "uma guerra psicológica" e reiterou sua exortação aos cidadãos líbios a repelir a agressão dos colonialistas, como qualifica a Otan.
Quase cinco meses de bombardeios aéreos constantes pelo Pacto Militar têm sido incapazes de dobrar a resistência do governo.
As versões e os desmentidos coincidem com informações sobre negociações entre as partes em disputa na vizinha Tunísia, com a participação do diplomata jordaniano Abdel IIá Khatib, representante do secretário geral da ONU, Ban Ki-moon.
As versões sobre contatos entre delegados do governo líbio e os contrarrevolucionários recomeçaram nos últimos dias, sem que existam notas sobre a agenda desses encontros.
Antes ainda, fontes próximas ao governo líbio disseram existir contatos discretos com representantes dos governos francês e estadunidense, mas desde então não foram mais mencionados.
A única certeze é que Kadafi ainda é o pomo da discórdia, cuja presença no poder é descartada pelos opositores a todo momento, enquanto para o governo o líder líbio é figura intócavel em qualquer entendimento.
Com informações da Prensa Latina