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Movimentos fazem ato contra banda larga que privilegia teles

Banda larga é um direito seu! Por uma internet rápida e de qualidade para todos e todas”. Com este mote a Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) promove, nesta segunda (15), uma manifestação , às 19 horas, no Sindicato dos Engenheiros de São Paulo, contra o acordo fechado pelo Ministério das Comunicações com as empresas de telecomunicações.

O Sindicato fica na rua Genebra, nº 25, Próximo ao Metrô Anhangabaú. De acordo com os movimentos, o acordo não prevê controle de tarifas e continuidade ou metas de universalização para o acesso à internet, portanto, vai na contramão da democratização dos serviços.

De acordo com o jornalista Altamiro Borges, que é presidente do Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé, foi muito positivo que o governo anterior, comandado pelo ex-presidente Lula, tenha tomado a  iniciativa de apresentar um Plano Naciopnal de Banda Larga, mas as negociações com as teles representaram um recuo nas discussões.

"A iniciativa do governo anterior de apresentar o PNBL mostra que o Estado tem que ter um papel fundamental na democratização da internet de alta velocidade. O plano é positivo. O que houve é que, nas negociações que foram feitas, no varejo, com as empresas – muito poderosas, multinacionais muito ricas – houve retrocesso", disse Altamiro Borges, em entrevista à Rede Brasil Atual.   

Segundo ele, a ideia do ato desta noite é criticar esses recuos. Para Altamiro, o acordo com as teles viabilizará "expandir a internet, massificar, ao oferecer um mega a 30 reais, mas a internet que vai chegar à população é de baixa qualidade. Essa é a crítica".

"O plano permite enfrentar a exclusão digital, mas mantém a segregação entre quem pode e quem não pode pagar por uma internet mais rápida, de maior qualidade", afirmou. Além disso, segundo os movimentos sociais, o acordo não prevê o controle estatal sobre a prestação do serviço.

Veja abaixo a convocatória para o evento:

Banda larga é um direito seu!
Por uma internet rápida e de qualidade para todos e todas

Sem controle de tarifas, continuidade ou metas de universalização para o acesso à internet, o acordo fechado pelo Ministério das Comunicações com as empresas de telecomunicações vai na contramão da democratização dos serviços.

­­Os ‘termos de compromisso’ assinados são completamente insuficientes para os usuários que continuarão pagando caro pelo uso de uma internet lenta e concentrada nas faixas de maior poder aquisitivo.

Além de inaceitável, o acordo com as teles representa a negação do próprio Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) e das diretrizes aprovadas na Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), que apontavam para um maior protagonismo do Estado e para o fortalecimento da Telebrás, essenciais para fazer da internet um direito de todos, e não privilégio de alguns. Afinal, mais do que lazer e diversão, a internet é um instrumento fundamental para o desenvolvimento nacional e a inclusão social.

Venha lutar conosco por uma banda larga de qualidade e para todos e todas, prestada em serviço público, com expansão constante das redes e universalização progressiva.

O que está em jogo são os direitos, o presente e o futuro do povo brasileiro.

Junte-se a nós!