Movimentos fazem ato contra banda larga que privilegia teles
“Banda larga é um direito seu! Por uma internet rápida e de qualidade para todos e todas”. Com este mote a Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) promove, nesta segunda (15), uma manifestação , às 19 horas, no Sindicato dos Engenheiros de São Paulo, contra o acordo fechado pelo Ministério das Comunicações com as empresas de telecomunicações.
Publicado 15/08/2011 12:37
O Sindicato fica na rua Genebra, nº 25, Próximo ao Metrô Anhangabaú. De acordo com os movimentos, o acordo não prevê controle de tarifas e continuidade ou metas de universalização para o acesso à internet, portanto, vai na contramão da democratização dos serviços.
De acordo com o jornalista Altamiro Borges, que é presidente do Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé, foi muito positivo que o governo anterior, comandado pelo ex-presidente Lula, tenha tomado a iniciativa de apresentar um Plano Naciopnal de Banda Larga, mas as negociações com as teles representaram um recuo nas discussões.
"A iniciativa do governo anterior de apresentar o PNBL mostra que o Estado tem que ter um papel fundamental na democratização da internet de alta velocidade. O plano é positivo. O que houve é que, nas negociações que foram feitas, no varejo, com as empresas – muito poderosas, multinacionais muito ricas – houve retrocesso", disse Altamiro Borges, em entrevista à Rede Brasil Atual.
Segundo ele, a ideia do ato desta noite é criticar esses recuos. Para Altamiro, o acordo com as teles viabilizará "expandir a internet, massificar, ao oferecer um mega a 30 reais, mas a internet que vai chegar à população é de baixa qualidade. Essa é a crítica".
"O plano permite enfrentar a exclusão digital, mas mantém a segregação entre quem pode e quem não pode pagar por uma internet mais rápida, de maior qualidade", afirmou. Além disso, segundo os movimentos sociais, o acordo não prevê o controle estatal sobre a prestação do serviço.
Veja abaixo a convocatória para o evento:
Por uma internet rápida e de qualidade para todos e todas
Sem controle de tarifas, continuidade ou metas de universalização para o acesso à internet, o acordo fechado pelo Ministério das Comunicações com as empresas de telecomunicações vai na contramão da democratização dos serviços.
Os ‘termos de compromisso’ assinados são completamente insuficientes para os usuários que continuarão pagando caro pelo uso de uma internet lenta e concentrada nas faixas de maior poder aquisitivo.
Além de inaceitável, o acordo com as teles representa a negação do próprio Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) e das diretrizes aprovadas na Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), que apontavam para um maior protagonismo do Estado e para o fortalecimento da Telebrás, essenciais para fazer da internet um direito de todos, e não privilégio de alguns. Afinal, mais do que lazer e diversão, a internet é um instrumento fundamental para o desenvolvimento nacional e a inclusão social.
Venha lutar conosco por uma banda larga de qualidade e para todos e todas, prestada em serviço público, com expansão constante das redes e universalização progressiva.
O que está em jogo são os direitos, o presente e o futuro do povo brasileiro.
Junte-se a nós!