Brasil vai à Síria em busca de solução política
O subsecretário para Oriente Médio do Ministério das Relações Exteriores (MRE), Paulo Cordeiro, está em Damasco, na Síria, para participar na quarta-feira (10) de uma reunião com autoridades ligadas ao presidente sírio, Bashar Al Assad, e representantes da missão do Ibas (grupo que inclui Brasil, Índia e África do Sul).
Publicado 09/08/2011 09:16
O objetivo é buscar uma solução negociada para encerrar a crise no país que se agravou com os sucessivos episódios de violência registrados em várias cidades sírias.
Cordeiro foi enviado pelo ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, para negociar em nome do Brasil. O governo brasileiro rechaça qualquer medida de ingerência ou sanção à Síria. As autoridades brasileiras defendem a articulação de uma alternativa interna que garanta a preservação dos direitos fundamentais – de expressão e de imprensa –, o fim das violações aos direitos humanos e as reformas, exigidas pela população.
Na semana passada, o governo sírio anunciou uma reforma da legislação eleitoral e em pronunciamentos recentes o presidente Bashar Assad tem afirmado a disposição do governo de realizar mais reformas democráticas.
Na última segunda-feira (8) a presidente Dilma Rousseff ratificou a defesa do diálogo e de uma solução pacífica para a crise política e social que atinge países do Oriente Médio. Para Dilma, o Brasil é um país que “acredita no valor do diálogo” lembrando ainda que o uso da força “deve ser sempre o último recurso”.
A presidente ressaltou também que o Brasil pode ter essa posição porque é um país pacífico e livre de armas nucleares. A reação de Dilma é uma referência à autonomia conquistada pelo Brasil e o repúdio a atos que levem à interferência em territórios estrangeiros.
“Somos uma área livre de armas nucleares e que acredita no valor do diálogo”, disse a presidente.
Com agências