Temer discute segurança nas fronteiras com deputados
Perpétua convida vice-presidente da República a conhecer problemas nas fronteiras com Peru e Bolívia. Deputada tem encontro confirmado com ministro Nelson Jobim (Defesa), a quem a parlamentar acreana vai sugerir mais investimento na repressão aos crimes comuns na região.
Publicado 04/08/2011 11:40 | Editado 04/03/2020 16:10
Temer é coordenador do Plano Nacional de Fronteiras e dará início, ainda esta semana, a visitas oficiais a estados fronteiriços. "Precisamos de soluções conjuntas e articuladas", disse a deputada. "Infelizmente, o diagnóstico de crimes é antigo e afeta, direta e indiretamente, a vida de 10% da população ", concluiu a parlamentar, referindo-se ao tamanho dos brasileiros que residem nas fronteiras.
Temer disse estar sendo informado do histórico de crimes nas fronteiras e reitera que a repressão virá como forma de proteger os cidadãos e garantir a soberania nacional. "Temos o esboço de acordos com os países vizinhos. Só com ações integradas venceremos esse mal", concordou o vice-presidente. Gladson Cameli pediu que a Vice-Presidência dê atenção especial à regularização fundiária na Amazônia.
A deputada tem audiência confirmada com o ministro Nelson Jobin (Defesa), no dia 10 próximo. No encontro, Perpétua Almeida vai propor que governo canalize investimentos efetivos na estruturação do Exército, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal no combate ao narcotráfico, violência, crime organizado, tráfico de armas e de drogas, trabalho infantil, exploração sexual, invasões a terras indígenas, roubo de madeiras e outros crimes comuns na região de fronteira.
Uma Comissão Permanente de Integração e Desenvolvimento da Faixa de Fronteira (Cdif) foi criada para auxiliar o governo a levantar mais recursos além daqueles já disponíveis. O resultado desse esforço será um programa que pode vir a ser batizado de PAC das Fronteiras.
As fronteiras brasileiras têm dez países e 15 mil quilômetros de extensão. Passam por 588 municípios em 11 estados. Para atender aos habitantes dessa região, que hoje equivale a 10% da população brasileira, a idéia é canalizar parte dos R$ 40,5 bilhões previstos no PAC este ano para essas regiões. A comissão contará com representantes espalhados por 20 órgãos governamentais e 11 núcleos, um em cada um dos estados que têm fronteiras com outros países.