Em Congresso, PC da Venezuela reafirmará frente com Chávez
O Partido Comunista da Venezuela (PCV) confirma sua participação na aliança com o comandante, Hugo Chávez e o Polo Patriótico pela defensa do processo revolucionário, afirmou nesta quarta-feira (3) o secretário-geral da organização, Oscar Figuera.
Publicado 03/08/2011 06:40
Este e outros temas serão tratados pelos militantes do partido durante o 14º Congresso de 4 a 7 de agosto, precisou o dirigente em entrevista à agência Prensa Latina.
Segundo Figuera, participarão 526 delegados nacionais e 43 representantes de 31 organizações provenientes de 28 países dos cinco continentes.
"Este Congresso será acompanhado do calor da solidariedade internacional que para nós é muito importante, pois os participantes internacionais são membros de instâncias comunistas, operárias e de movimentos de libertação nacional como o da Palestina", especificou.
Referindo-se ao objetivo do congresso, Figuera precisou que serão analisados seis tópicos fundamentais os quais partem da discussão do Informe do Comitê Central ao 16º Congresso.
Nesse aspecto avaliarão a atividade cumprida pela direção nacional e o partido na execução das linhas políticas traçadas, na rearticulação dos Partidos Comunistas e o impulso de processos de unidade de forças revolucionárias.
Inclusive haverá um debate sobre uma proposta de constituir uma Frente Anti-imperialista Internacional, além de uma avaliação geral do desempenho do PCV na área externa, detalhou.
No plano interno, informou que os congressistas passarão em revista o trabalho nas distintas frentes, assim como uma proposta que submeterão à apreciação do congresso para assumir a candidatura do mandatário, que conta com o apoio do Comitê Central, para as eleições presidenciais de 2012.
Sobre a posição da organização a respeito do processo de transformação atual na Venezuela, Figuera assegurou que o partido respalda o programa nacional libertador em desenvolvimento no país e a liderança de Chávez.
Por outro lado, adiantou que o conclave dedicará um espaço à atualização do programa do partido, aprovado no 6º Congresso realizado em 1980, e sobre o qual é necessário avaliar até onde há variações no contexto geral e particular da sociedade, à luz das mudanças ocorridas desde 1999, quando o mandatário assumiu.
A esse respeito, constatou que nesse período aprovaram e desenvolveram o desenvolvimento dos pontos programáticos em vários encontros, mas sem aplicar modificações, pelo que farão uma recaracterização da sociedade e das condições do avanço do processo revolucionário.
Igualmente, reajustarão as linhas políticas, que segundo explicou, são a formulação de táticas para ver o progresso rumo aos objetivos traçados, além de intercambiar opiniões sobre a conjuntura geral.
Diante de uma pergunta sobre o termo “socialismo bolivariano” para definir as transformações em vigor no país, respondeu que a seu juízo a nação ainda não está nessa etapa, mas avança para ela.
A incorporação de mecanismos que fortaleçam o trabalho do partido com as massas e ajudem a dinamizar a vida interna do partido, no contexto do centralismo democrático e das formas leninistas de organização, também será analisada, além do ponto da solidariedade com os povos do mundo ameaçados pelo capitalismo.
Finalmente, disse que se realizará a eleição da nova direção do PCV, integrada por 41 membros, a qual será ampliada e renovada.
Dessa maneira contaremos com uma representação ampla nas frentes de massa, da organização, da propaganda e da ideologia, três áreas nas quais investiremos todos os nossos esforços, insistiu.
No final da entrevista, Figuera ressaltou que o Partido Comunista da Venezuela apoia todas as iniciativas encaminhadas a melhorar a vida da classe operária, razão pela qual, defendem a conformação do Polo Patriótico como força principal de unidade de todas as correntes revolucionárias.
Sinay Céspedes Moreno, da agência Prensa Latina